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   “E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra” .
                                                                          (Apocalipse 17:18)

   Na interpretação preterista da profecia bíblica, entendemos que a grande Meretriz de Apocalipse 17 é a Jerusalém do primeiro século da era cristã. Muitos contestam essa interpretação, pois dizem que o texto fala a respeito de Roma, ao invés de Jerusalém, pois é sobre o Império Romano que pode ser dito que teve um reinado sobre o mundo conhecido daquela época.

   Sobre o texto de Apocalipse 17, os dois lados da interpretação, os que defendem que a grande Meretriz é Jerusalém, e os que defendem que é Roma, são ferrenhos e fervorosos. Isto se vem do fato de que o texto de Apocalipse capítulos 17 e 18 fornecem munição para as duas interpretações.

   Não vou entrar a fundo nesse assunto, mas não é difícil entender o porquê de Apocalipse 17 fornecer munição para se interpretar que tanto Roma como Jerusalém podem ao mesmo tempo ser a grande Meretriz. É que as evidências tanto do Antigo, bem como do Novo Testamento, apontam que o assunto do livro do Apocalipse é sobre o divórcio de Deus contra Sua esposa, Israel. Ao se unir com Roma em seu adultério espiritual, a nação de Israel, mais precisamente representada por sua capital, Jerusalém, mataram o Filho de Deus. Com isto, ao adulterar em prostituição com Roma, Israel tornou-se uma só carne com esse Império.

   É por isto que Jerusalém acaba possuindo características parecidas com Roma. As duas cidades formaram uma só carne. Só para citar um exemplo, Roma é conhecida como a cidade das sete colinas, são elas: Capitólio, Quirinal, Viminal, Esquilino, Célio, Aventino e Palatino. A cidade de Jerusalém também está cercada por sete montes, são eles: Escopus, Nob, “o Monte da Corrupção” ou “o Monte da Ofensa” ou “o Monte da Destruição” (2º Reis 23:13), o original “monte Sião” a colina sudoeste também chamada “Monte Sião”, o “Monte Ofel”, “a Rocha”, onde foi construída a fortaleza “Antonia”.

   Há muitas outras semelhanças que eu poderia citar aqui. Mas, todavia, quero me concentrar numa característica que muitos a usam para negar que Jerusalém seja a grande Meretriz de Apocalipse 17. É sobre o versículo 18 que vimos no início deste artigo:

   “E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra” .

   Sendo submissa a Roma, como a Jerusalém do primeiro século da era cristã poderia reinar sobre "os reis da terra"?

   É bom que fique claro logo de início, que o termo "terra" no livro do Apocalipse, não se refere ao "Planeta Terra", mas tem um significado territorial, local, seja dentro dos limites do Império Romano, seja dentro dos limites da terra de Israel em si. Encontramos desde cedo na Bíblia esse sentido territorial para a palavra "terra", em Josué 12:1:

   "Estes, pois, são os reis da terra, aos quais os filhos de Israel feriram e cujas terras possuíram além do Jordão para o nascente do sol, desde o ribeiro de Arnom, até ao monte de Hermom, e toda a planície do oriente...".
                                                                                     (o grifo é meu)
      

   No versículo 2 é nominado quem são "os reis da terra:

   "Siom, rei dos amorreus, que habitava em Hesbom e que dominava desde Aroer, que está à beira do ribeiro de Arnom, e desde o meio do ribeiro, e a metade de Gileade, e até ao ribeiro de Jaboque, o termo dos filhos de Amom".

   Nos dias em que o apóstolo João estava escrevendo o Apocalipse, os "reis da terra" eram os das nações ao redor de Israel, de todo o Império Romano.

   Voltando ao assunto principal, podemos dizer que uma cidade poderosa pode exercer domínio através de duas formas:

1. Domínio Espiritual.

2. Domínio Territorial.

   Nos dias da igreja primitiva, Roma exercia um domínio territorial, político e físico. Nessa mesma época e antes, no Antigo Testamento, a cidade de Jerusalém exercia domínio espiritual sobre todas as nações. Isto se vem do fato de que Jerusalém é a única cidade do mundo que tem um Rei que é acima de todos os outros reis:

   "Eu, porém, vos digo que de maneira nenhuma jureis; nem pelo céu, porque é o trono de Deus;
   Nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés;
nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei...".
                                                              (Mateus 5:34,35 - o grifo é meu)

   Uma vez que Jesus Cristo é "o soberano dos reis da terra" (Apocalipse 1:5), o "Rei dos reis e Senhor dos senhores" (Apocalipse 19:16), que tem autoridade acima de qualquer rei (João 19:11), tendo Jerusalém como Sua cidade, é de se esperar que essa cidade estivesse numa posição espiritualmente privilegiada. E de fato estava, pois a nação de Israel tinha a posição de rainha das nações:

   "Se vocês obedecerem fielmente ao Senhor, ao seu Deus, e seguirem cuidadosamente todos os seus mandamentos que hoje lhes dou, o Senhor, o seu Deus, os colocará muito acima de todas as nações da terra".
                                                                   (Deuteronômio 28:1 - o grifo é meu)

   "Agora, se me obedecerem fielmente e guardarem a minha aliança, vocês serão o meu tesouro pessoal dentre todas as nações. Embora toda a terra seja minha, vocês serão para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa’. Essas são as palavras que você dirá aos israelitas".
                      (Êxodo 19:5,6 - o grifo é meu - ver também Ezequiel 16:1-14)

   Além desses fatos, os judeus estavam espalhados por todo o Império Romano. Os judeus tinham uma vasta influência em todo o mundo conhecido daquela época. Sobre isto, J. Stuart Russell escreveu:

   “A autoridade exercida pela raça judaica em todas as partes do Império Romano anteriores à destruição de Jerusalém era imensa; suas sinagogas deviam ser encontradas em todas as cidades, e suas colônias criaram raízes em todas as terras”.
                                                     (J. Stuart Russell, The Parousia, 503).   

   Philo escreveu:

      "...a população de Israel não foi contida somente em seu território como as outras nações, pelo contrário, ela espalhou-se por toda a face da terra, em todos os continentes [do mundo conhecido em sua época], e em toda a ilha". (Paráfrase do trecho: O. A. Philo & C. D. Yonge. The Works of Philo: Complete and Unabridged. (Peabody: Hendrickson, 1996, c1993.), 777).

   A própria Bíblia confirma essa influência cultural e espiritual do judaísmo sobre todo o mundo romano:

   "Havia em Jerusalém judeus, tementes a Deus, vindos de todas as nações do mundo.
   Partos, medos e elamitas; habitantes da Mesopotâmia, Judéia e Capadócia, Ponto e da província da Ásia, Frígia e Panfília, Egito e das partes da Líbia próximas a Cirene; visitantes vindos de Roma, tanto judeus como convertidos ao judaísmo; cretenses e árabes. Nós os ouvimos declarar as maravilhas de Deus em nossa própria língua!"

                                                                                              (Atos 2:5, 9-11)

   A nação de Israel, bem como sua capital, Jerusalém, foi lançada da posição especial de rainha das nações. É justamente isto que Apocalipse capítulos 17 e 18 está mostrando. Em Apocalipse 18:7 é mostrado a queda dessa grande cidade:

   "Façam-lhe sofrer tanto tormento e tanta aflição como a glória e o luxo a que ela se entregou. Em seu coração ela se vangloriava: ‘Estou sentada como rainha; não sou viúva e jamais terei tristeza’.
   Por isso num só dia as suas pragas a alcançarão: morte, tristeza e fome, e o fogo a consumirá, pois poderoso é o Senhor Deus que a julga".
                                                                    (Apocalipse 18:7,8 - o grifo é meu)

   Após a queda de Jerusalém no ano 70 d.C., a situação dos judeus agora é a mesma dos gentios sob o Antigo Pacto.

   Portanto, o livro do Apocalipse trata do divórcio de Deus em relação a Israel. As maldições da Lei mosaica para a quebra da Aliança, são aplicadas a nação adúltera de Israel. A antiga Jerusalém é substituída pela Nova Jerusalém, a Igreja, que é o Israel de Deus.

 

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* César Francisco Raymundo é editor da Revista Cristã Última Chamada.    Saiba mais sobre o autor clicando aqui

 

 

 

 

 

Se Jerusalém é a grande Meretriz de Apocalipse 17, então, em que sentido ela reinou sobre os reis da terra?
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Por César Francisco Raymundo*