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   “Darei às minhas duas testemunhas que profetizem por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco”.
  
                                                                          (Apocalipse 11:3)

      Porque duas testemunhas? Como no Apocalipse Deus está se divorciando de Israel, e o entregando a morte por causa de seu adultério, a Lei de Moisés exigia duas testemunhas:

   “Uma só testemunha não se levantará contra alguém por qualquer iniqüidade ou por qualquer pecado, seja qual for que cometer; pelo depoimento de duas ou três testemunhas, se estabelecerá o fato”.
   
                                                               (Deuteronômio 19:15)  

   Quem são as duas testemunhas? Não se trata de duas pessoas apenas, nem de Moisés e nem de Elias, como sugerem alguns intérpretes. Quando Deus instituiu suas leis para a nação de Israel, Ele de antemão estabeleceu duas testemunhas de seu pacto:

   “Hoje tomo por testemunhas contra vós o CÉU e a TERRA, que certamente logo perecereis da terra, a qual passais o Jordão para a possuir; não prolongareis os vossos dias nela, antes sereis de todo destruídos”.
   
                                              (Deuteronômio 4:26 – o grifo é meu)

   “Os CÉUS e a TERRA tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, Amando ao Senhor teu Deus, dando ouvidos à sua voz, e achegando-te a ele; pois ele é a tua vida, e o prolongamento dos teus dias; para que fiques na terra que o Senhor jurou a teus pais, a Abraão, a Isaque, e a Jacó, que lhes havia de dar”.
                                          (Deuteronômio 30:19-20 – o grifo é meu)

   “Inclinai os ouvidos, ó céus, e falarei; e ouça a terra as palavras da minha boca”.
 
                                                                         (Deuteronômio 32:1)

   Não vou entrar em detalhes sobre este assunto, mas sabemos que os céus físicos e a terra não têm ouvidos. Quando Moisés falou para os céus e a terra, ele estava se dirigindo ao povo de Deus. Ele está falando com Israel. Moisés trata Israel como o “céu” e a “terra” de Deus. Eles eram o Seu povo da Aliança. Portanto, as duas testemunhas foram o remanescente fiel de Israel, tanto os judeus do Antigo Testamento, como os judeus e gentios mártires do Novo Testamento. Não vou entrar a fundo no assunto sobre as duas testemunhas, mas peço ao leitor que leia meu e-book “Comentário Preterista sobre o Apocalipse” indicado no tópico “Obras Importantes para Pesquisa” no fim deste e-book. A morte das duas testemunhas e a contemplação de seus cadáveres, não dando-lhes um enterro digno (Apocalipse 11:9-10) tem um paralelo interessante nos escritos de Josefo:     

  
   “Níger Peraita, que se havia distinguido por tantos feitos de valor na guerra contra os romanos, experimentou também os efeitos da raiva desses homens furiosos. Embora lhes mostrasse as feridas recebidas na defesa de sua pátria comum e lhes falasse de suas benemerências e dos serviços prestados, não deixaram de arrastá-lo vergonhosamente pela cidade. Quando depois de o terem levado para fora das portas, ele viu que não lhe restava mais nenhuma esperança de salvação, rogou-lhes que lhe prometessem pelo menos enterrá-lo. Mas até isso eles recusaram. Então, antes de morrer sob seus golpes, fez imprecações contra eles, almejando que os romanos fossem os vingadores do seu sangue e que a carestia, a guerra, a peste e uma divisão mortal enchesse a medida dos castigos que merecia a enormidade de seus crimes.
   A justiça de Deus não tardou mesmo, para fustigar àqueles ímpios sob todos os flagelos e para seu castigo, em lhes mandar estranha divisão, que pôs em seu meio”.
                                                                                         (o grifo é meu)

   Uma vez que as “duas testemunhas” representam todo o corpo de crentes, tanto judeus como gentios, não vejo porque não acrescentar aqui uma testemunha que pode sim fazer parte desse corpo de testemunhas, cujo discurso contra Jerusalém foi importante naqueles dias. Essa testemunha é Jesus, filho de Anano. Creio que ele, a semelhança dos cristãos, foi muito importante no testemunho e advertência naqueles dias que antecediam a guerra romana-judaica. A seguir, vou colocar pequenos trechos do que Josefo escreveu sobre Jesus, filho de Anano, sempre com um comentário meu na sequência:

   “Quatro anos antes do começo da guerra, quando Jerusalém gozava ainda de profunda paz e de fartura, Jesus, filho de Anano, que era então um simples camponês, tendo vindo à festa dos Tabernáculos, que se celebra todos os anos no Templo, em honra de Deus, exclamou: “Voz do lado do oriente, voz do lado do ocidente, voz do lado dos quatro ventos, voz contra Jerusalém e contra o Templo, voz contra os recém-casados e as recém-casadas, voz contra todo o povo”. Dia e noite ele corria por toda a cidade, repetindo a mesma coisa”.

Comentário:

   Esse agricultor ou fazendeiro chamado Jesus, filho de Anano, que assombrava Israel com poderosas advertências sobre o destino iminente de Jerusalém antes da chegada do exército romano, tem muitas semelhanças com o testemunho do Senhor Jesus Cristo. A primeira semelhança começa com o nome “Jesus”. Como nosso Senhor Jesus Cristo, Jesus, filho de Anano, é visto pregando por um período de três anos e meio. O ministério de Jesus também durou três anos e meio. A ideia de “voz dos quatro ventos” encontra eco em Apocalipse 7:1-3 e implica que o julgamento que em breve aconteceria em Jerusalém no Apocalipse passaria pela libertação dos quatro ventos.
   Como nosso Senhor Jesus Cristo, a lamentação profética de Jesus, filho de Anano, é bem esclarecida por Jeremias (Jeremias 7:34). Outro paralelo impressionante das palavras de Cristo com as de Jesus, filho de Anano, é em relação a advertência aos recém casados, quando disse: “voz contra os recém-casados e as recém-casadas”. Os recém-casados indicam que posteriormente as esposas ficarão grávidas, e é justamente a respeito delas que o Senhor advertiu em Mateus 24:19-20: “Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado...”. A fuga de Jerusalém seria muito mais difícil para uma grávida ou para mulheres com crianças pequenas.   

   “Algumas pessoas de condição, não podendo compreender essas palavras de tão mau presságio, mandaram prendê-lo e vergastá-lo; mas ele não disse uma só palavra para se defender, nem para se queixar de tão severo castigo e repetia sempre as mesmas coisas. Os magistrados, então, pensando, como era verdade, que naquilo havia algo de divino, levaram-no a Albino, governador da Judéia. Ele mandou açoitá-lo até verter sangue e nem assim conseguiram arrancar-lhe um único rogo, nem uma só lágrima, mas a cada golpe que se lhe dava, ele repetia com voz queixosa e dolorida: “desgraça sobre Jerusalém”. Quando Albino lhe perguntou quem ele era, de onde era, o que o fazia falar daquela maneira, ele nada respondeu. Assim despediu-o como um louco e não o viram falar com ninguém, até que a guerra começou. Ele repetia somente e sem cessar, as mesmas palavras: “Desgraça, desgraça sobre Jerusalém”, sem injuriar nem ofender aos que o maltratavam, nem agradecer aos que lhe davam de comer”.

Comentário:

   Outra semelhança com Cristo e suas palavras e ações é que Jesus, filho de Anano, agiu da seguinte forma: “mas ele não disse uma só palavra para se defender, nem para se queixar de tão severo castigo” e também: “sem injuriar nem ofender aos que o maltratavam...”. Sobre o Senhor Jesus, Isaías 53:7 diz que “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca...”. Do mesmo que Cristo em João 11:47-53, Jesus, filho de Anano, foi odiado pelas elites religiosas como afirma Josefo: “Algumas pessoas de condição, não podendo compreender essas palavras de tão mau presságio, mandaram prendê-lo e vergastá-lo”.  


   “Todas as suas palavras reduziam-se a tão triste presságio e as proferia com uma voz mais forte nos dias de festa. Dessa forma continuou durante sete anos e cinco meses, sem interrupção alguma, sem que sua voz se enfraquecesse ou se tornasse rouca. Quando Jerusalém foi cercada viu-se o efeito de suas predições. Fazendo então a volta às muralhas da cidade, ele se pôs ainda a clamar: “Desgraça, desgraça sobre a cidade, desgraça sobre o povo, desgraça sobre o Templo”. Tendo acrescentado “desgraça sobre mim”, uma pedra atirada por uma máquina, derrubou-o por terra e ele expirou proferindo ainda as mesmas palavras”.

Comentário:

   Assim como o Senhor Jesus Cristo, Jesus, filho de Anano, morreu na Páscoa, no início do cerco a Jerusalém. Ele, de fato, morreu na “última hora”, frase esta que na Bíblia às vezes se refere ao fim da “era judaica” ou “idade”. O apóstolo João escreveu que em seu tempo eles estavam vivendo a “última hora” (1 João 2:18).

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** César Francisco Raymundo é editor da Revista Cristã Última Chamada.    Saiba mais sobre o autor clicando aqui

 

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Notas:

* Os incríveis paralelos entre o Apocalipse e Flávio Josefo!, pg. 38.
    Revista Cristã Última Chamada - Edição extra de Outubro de 2017 -
    César Francisco Raymundo
    www.revistacrista.org

 

 

 

 

 

 

 

Jesus, filho de Anano, e as Duas Testemunhas de Apocalipse 11*
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Por César Francisco Raymundo**