Sistema de busca interna
Os ítens mais recomendados de nossa livraria ___________

Quem Somos..... Artigos .....Literaturas..... Revistas .....Fale Conosco ..... Home
revistacrista.org
__________________________________________________________________________________________________________________________________
Tópicos relacionados____________________________________________________________________________________________________________________
Apocalipse
... Saiba mais...
Geração, Última
... Saiba mais...
Vida Eterna
... Saiba mais...
Revistas________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Atualizações
Twitter
Blogger

Downloads
Folhetos
Literaturas
Revistas
Vídeos
A Edição para iPad

Mensagens e Artigos
Temas Escatológicos
de A a Z
Frases Escatológicas

Nossas Crenças
Em que Cremos
Estatuto de Crença do Fim dos Tempos
Religiao x Evangelho
Glossário

Sobre nós
Quem Somos
Nossos Autores
Editorial
Liberdade de Expressão

Revista Cristã
Última Chamada
Todos os direitos reservados.

Contatos
Contribuições e Anúncios
Contato

...Quem Somos..... Artigos .....Literaturas..... Revistas .....Fale Conosco ..... Home

   Uma questão interpretativa necessária para se entender o livro do Apocalipse - do ponto de vista da perspectiva preterista - é responder a questão de alguns evangélicos que consideram que os julgamentos descritos no livro do Apocalipse desmentem a esperança do Pós-milenismo em relação a melhora do mundo. Neste artigo, me concentro na intenção original de João, a qual demonstra que ele estava com foco em sua audiência do primeiro século da era cristã, e não em um outro público milhares de anos no futuro.

   Devido a distância que estamos dos acontecimentos do ano 70 d.C., "tão afastados da cultura antiga, tão pouco familiarizados com a perspectiva judaica do primeiro século, e tão acostumados com a perspectiva cristã, é que tendemos a ignorar o enorme significado redentor histórico do ano 70 d.C.".[2] Os eventos descritos no Apocalipse não são meramente exemplos tristes da desumanidade do homem num futuro sombrio, comandado por um suposto Anticristo. Nem mesmo esses eventos referem-se a um deus desejoso de sangue que tem prazer em punir a humanidade.

   Em vez disso, segundo Kenneth Gentry Jr., "os eventos devastadores da guerra judaica são as manifestações históricas da ira furiosa do ofendido Deus de Israel. As realidades transcendentes são contrárias a esses eventos temporais. Com Naum vemos a fumaça da destruição como nuvens de poeira dos pés de Deus (Naum 1). Aprendemos que verdadeiramente "é uma coisa terrível cair nas mãos do Deus vivo" (Hebreus 10:27) porque "nosso Deus é fogo consumidor" (Hebreus 10:31)".[3]

   Ainda segundo Gentry, o "Senhor Deus enviou Seu próprio Filho ao Seu povo da Aliança, mas eles "não o receberam" (João 1:11). Na verdade, eles abusivamente O abusaram, desafiando as suas ofertas graciosas e amorosas (Mateus 11:28; 21:33-46; 23:34-47; Atos 7:51-53). Conseqüentemente, com Sua rejeição, "os filhos do reino foram expulsos" (Mt 8, 12), e "o reino de Deus foi tirado" deles (Mateus 21:43)".[4]

   A carta aos Hebreus é um alerta aos primeiros cristãos judeus sobre as consequências desastrosas da apostasia da volta ao judaísmo (Hebreus 2:1-4; 6:1-4; 10:26-31). O Senhor já os havia avisado sobre essa futura apostasia, que aconteceria ainda naquela geração dos discípulos (Mateus 24:10, 12, 34) . O autor de Hebreus exorta aos seus leitores sobre a aproximação do "Dia", que era possível ser visto por eles (Hebreus 10:25; compare com Atos 2:16-20,40). "Isso afetaria uma grande mudança na administração redentora de Deus - uma mudança que tanto o autor de Hebreus como João comparam a "uma nova Jerusalém" (Apocalipse 21:1; compare 2ª Coríntios 5:17; Gálatas 6:15; Hebreus 12:22; Apocalipse 21:2), que é o Cristianismo (Hebreus 12:23-25; compare com Gálatas 4:25-26; Apocalipse 14:1-5)".[5]

   No capítulo 12 da carta aos Hebreus, o autor apresenta a conclusão de seus avisos e, isto, de uma maneira poderosa. Segundo Gentry, "depois de lembrá-los de onde eles vieram originalmente (o Israel do Antigo Testamento, Hebreus 12:18-21), ele os informa de onde eles foram mais recentemente [colocados] (no Cristianismo do Novo Testamento):

   "Mas vocês chegaram ao monte Sião, à Jerusalém celestial, à cidade do Deus vivo. Chegaram aos milhares de milhares de anjos em alegre reunião, à igreja dos primogênitos, cujos nomes estão escritos nos céus. Vocês chegaram a Deus, juiz de todos os homens, aos espíritos dos justos aperfeiçoados, a Jesus, mediador de uma nova aliança, e ao sangue aspergido, que fala melhor do que o sangue de Abel".
                                                                                (Hebreus 12:22-24)[6]

   No tempo da escrita da carta aos Hebreus, muitos dos leitores hebreus estavam apostatando da fé cristã e retornando ao judaísmo. E isto no pior momento, pois ao deixarem as realidades espirituais que tiveram sua completa realização em Cristo, eles estavam retornando "ao mundo material, típológico e cerimonial de um judaísmo já extinto. Esta apostasia ocorreu quando Deus estava prestes a "agitar não só a terra, mas também o céu" (Hebreus 12:26). A agitação das "coisas criadas" (Hebreus 12:27) fala da destruição do sistema do templo com seus implementos rituais "feitos com mãos" (Hebreus 9:11, 24; compare com Marcos 14:58), que estão "prestes a desaparecer" (Hebreus 8:13; compare com João 4:21; Atos 6:14; 7:48; 2ª Coríntios 3:11; Gálatas 4:25-30). No lugar do sistema do Antigo Testamento, o Cristianismo permanecerá como um "reino que não pode ser abalado" (Hebreus 12:28)".[7]

   A mesma mensagem encontramos no Apocalipse de João, escrita de uma maneira diferente. "A nova criação de João apresenta uma nova ordem mundial: o Cristianismo, que surge de Israel (Apocalipse 12) e permanece após a destruição do sistema judaico baseado no templo (Apocalipse 11). Sabemos que este é o ponto de João porque imediatamente depois de descrever a nova criação em Apocalipse 21:1-22:5, lemos:

   “Estas palavras são fiéis e verdadeiras. O Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas, enviou seu anjo para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer. Eis que venho sem demora... Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo”.
                                                                                  (Apocalipse 22:6-7, 10)

   Embora ainda hoje aguardemos uma nova ordem de criação final, eterna na consumação (2ª Pedro 3:7-13), agora vivemos na ordem preparatória, espiritual e nova criação, criada no primeiro século. Calvino comenta sobre Isaías 65:17, observando que os "novos céus e a nova terra" são linguagens metafóricas que "prometem uma mudança notável de assuntos" quando Deus "restaura sua Igreja" para que "pareça ganhar nova vida e morar em um novo mundo" (Isaías, ad loc.).[8] John Lightfoot, de Westminster, também relaciona "os novos céus e a nova terra" com a destruição de Jerusalém, "que é muito freqüentemente expresso na Escritura como se fosse a destruição de todo o mundo". Sabemos que Isaías 65 não fala da ordem consumada, pois inclui filhos, pecadores, morte e maldição (Isaías 65:20).[9]

 

Saiba mais sobre esta escatologia otimista, acesse todo o conteúdo do site:
                                            www.revistacrista.org

** Saiba mais sobre César Francisco Raymundo clique aqui

 

_______________
Notas:

1. Revelation and original intent. By Kenneth Gentry Jr.
    Site: www.postmillennialworldview.com
    Acessado Terça-feira, 29 de Agosto de 2017

2. Idem nº 1.

3. Idem nº 1.

4. Idem nº 1.

5. Idem nº 1.

6. Idem nº 1.

7. Idem nº 1.

8. Idem nº 1.

9. Idem nº 1.

 

 

 

 

 

Apocalipse e intenção original[1]
_________________

Por César Francisco Raymundo