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Um novo olhar Preterista
sobre a Babilônia

Por Duncan McKenzie, Ph.D.,
___________

 

Tradução feita por P. Tiago
e Adaptação textual feita por Daniel Plautz


...O título deste artigo parece ser um pouco provocador. Antes que qualquer um dos meus irmãos preteristas se sintam ofendidos, deixe-me dizer que eu estou essencialmente de acordo com aqueles que dizem que a Babilônia do primeiro século era Jerusalém. Mas apesar de igualar Jerusalém com a Babilônia ser essencialmente correto, acredito que nossa interpretação tradicional precisa de algum requinte.

...Muitos preteristas conservadores mantêm a posição de que a Jerusalém do primeiro século era a prostituta de Apocalipse (preteristas liberais tendem a ver a meretriz como Roma). Embora identificar a meretriz com Jerusalém seja essencialmente correto, deve-se lembrar que o Apocalipse está lidando com símbolos, a meretriz, não era simplesmente a cidade de Jerusalém.

...O símbolo de prostituta aplicado à cidade em Apocalipse está sendo usado para representar uma comunidade de pessoas. Johnson escreveu o seguinte sobre isso: "O uso da palavra cidade por João tem sua primeira ocorrência em Apocalipse 3:12 e é simbólico..." Uma cidade pode ser [usada como] uma metáfora para a vida total de uma comunidade de pessoas (Hebreus 11:10, 12:22; 13:14). Assim como a Nova Jerusalém não é uma cidade literal (ela é a noiva, Apocalipse 21:9-10) a Babilônia também não o é, ambos representam uma comunidade de pessoas. A Nova Jerusalém é um símbolo do novo povo da Aliança de Deus, da noiva [Igreja], a Babilônia é um símbolo do povo infiel do Antigo Pacto de Deus, a prostituta. A prostituta estava centrada em Jerusalém e no Templo, ela foi destruída na destruição de Jerusalém em 70 dC, mas ela era mais do que apenas a cidade de Jerusalém.

...Novamente, a imagem de uma cidade em Apocalipse (em ambos os casos de Babilônia e Nova Jerusalém) está sendo usada como um símbolo de uma comunidade de pessoas. Babilônia não era Jerusalém do primeiro século, mas um símbolo da comunidade infiel do antigo pacto que estava centrada em Jerusalém (no Templo). Dizer que a meretriz do Apocalipse é a cidade de Jerusalém é como dizer que Uncle Sam é a cidade de Washington D.C. Uncle Sam (iniciais U.S.) é uma imagem que tem sido usada como uma personificação dos Estados Unidos (United States). Enquanto o Uncle Sam tem a sua sede em Washington D.C., ele simboliza toda a América não apenas a cidade de Washington D.C. Assim é com a prostituta em Apocalipse, que estava centrada no Templo em Jerusalém, mas representava todos os homens de Israel que rejeitaram à Jesus, não apenas a cidade de Jerusalém. Isto é semelhante ao uso de prostituta no livro de Oséias onde Deus acusa toda a terra de Israel (e não apenas uma determinada cidade) de prostituição:

...Oséias 1:2 - O princípio da palavra do SENHOR por meio de Oséias. Disse, pois, o SENHOR a Oséias: Vai, toma uma mulher de prostituições, e filhos de prostituição; porque a terra certamente se prostitui, desviando-se do SENHOR.

...Considere também Ezequiel 23, onde Jerusalém e Samaria (Ezequiel 23:4) são chamadas de "filhas da mesma mãe" (Ezequiel 23:2). Samaria (representando o reino do norte de Israel) e Jerusalém (representando o reino do sul de Judá) foram duas filhas de uma mãe, toda a nação de Israel. A prostituta de Apocalipse 17 é também a mãe (ou seja, a fonte) de todas as meretrizes e abominações da Terra (Apocalipse 17:5).

...Se alguém quiser uma rápida identificação da prostituta tudo que se tem a fazer é comparar com Apocalipse 17:18 e 11:8. Em Apocalipse 17:18 Babilônia é chamada de grande cidade. Em Apocalipse 11:8 nos é dito que a grande cidade era onde também o seu Senhor foi crucificado. A cidade onde Jesus foi crucificado foi, naturalmente, Jerusalém, mas como eu disse, Babilônia era mais do que apenas Jerusalém, era um símbolo da comunidade infiel do antigo pacto que rejeitou Jesus. Quando Deus diz a seu povo para sair da Babilônia (Apocalipse 18:4) ele não está dizendo a eles para sair de Jerusalém (Ele definitivamente não estava dizendo-lhes para sair de Roma), os membros das sete igrejas da Apocalipse já estavam fora dessas cidades (eles viviam na província da Ásia). O que Deus estava dizendo para o seu povo era fazer uma ruptura final com o antigo pacto, o templo e o sistema do judaísmo. Assim como a antiga Babilônia destruiu o templo de Deus e perseguiu o povo de Deus, "Israel infiel havia destruído Jesus", templo supremo de Deus (João 2:19-21 "Destruí este templo e em três dias Eu o levantarei" ver Mateus 12:6; A. 21:22) e estava perseguindo o Seu povo.

...Apocalipse nos mostra duas mulheres (a meretriz e a noiva), que são duas cidades (Babilônia e a Nova Jerusalém). Essas duas mulheres são também duas esposas. Embora seja óbvio que a noiva é uma mulher (Apocalipse 21:9), dificilmente compreende-se que a prostituta é também uma esposa, uma mulher viúva (Apocalipse 18:7), ela ficou viúva quando matou seu próprio marido (Jesus). Ela nega, alegando que ainda é uma rainha (ver. Mateus 21:5), que ainda é a esposa de Deus (ver Oséias 2:2-4). A mulher viúva (a prostituta) é julgada e destruída em Apocalipse capítulos 17 e 18 e então Deus se casa com sua noiva da nova aliança em Apocalipse capítulo 19. Há um paralelo quase exato para isso em Gálatas capítulo 4, que merece uma análise cuidadosa. Em Gálatas 4:21-31 somos informados de duas mulheres que são duas esposas (Hagar e Sara), que correspondem a duas cidades (Jerusalém física e Jerusalém celestial que é a Nova Jerusalém, Apocalipse 21:10). Dizem-nos que estas duas mulheres / cidades são símbolos de duas comunidades de pessoas, aquelas sob a antiga aliança [Israel segundo a carne] e aqueles sob a nova aliança [Igreja].

...Gálatas 4:21-31 - Dizei-me vós, os que quereis estar sob a lei: acaso, não ouvis a lei? Pois está escrito que Abraão teve dois filhos, um da mulher escrava e outro da livre. Mas o da escrava nasceu segundo a carne; o da livre, mediante a promessa. Estas coisas são alegóricas; porque estas mulheres são duas alianças; uma, na verdade, se refere ao monte Sinai, que gera para escravidão; esta é Agar. Ora, Agar é o monte Sinai, na Arábia, e corresponde à Jerusalém atual, que está em escravidão com seus filhos. Mas a Jerusalém lá de cima é livre, a qual é nossa mãe; porque está escrito: Alegra-te, ó estéril, que não dás à luz, exulta e clama, tu que não estás de parto; porque são mais numerosos os filhos da abandonada que os da que tem marido. Vós, porém, irmãos, sois filhos da promessa, como Isaque. Como, porém, outrora, o que nascera segundo a carne perseguia ao que nasceu segundo o Espírito, assim também agora. Contudo, que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava será herdeiro com o filho da livre. E, assim, irmãos, somos filhos não da escrava, e sim da livre.

...Apocalipse está falando sobre o mesmo assunto de Gálatas, ambos os livros contrastam as duas "cidades" (Jerusalém terrena e Jerusalém celestial em Gálatas, Babilônia e a Nova Jerusalém em Apocalipse) que são duas "esposas" (Hagar e Sara em Gálatas, a prostituta viúva e a noiva no Apocalipse). Estas duas mulheres de Gálatas e Apocalipse representam duas comunidades, as duas alianças, a velha e a nova. Observe que a cidade de Jerusalém é mencionada em Gálatas como representante de todos aqueles que querem estar sob a antiga aliança, não apenas representante da cidade de Jerusalém (Estas coisas são alegóricas; porque estas mulheres são duas alianças. Isso confirma a minha tese de que a Babilônia não representa apenas Jerusalém do século I, mas todos aqueles que queriam estar sob antiga aliança, e rejeitavam a Jesus). No livro do Apocalipse, como em Gálatas (4:29), uma mulher persegue a outra (isto é, a prostituta persegue a noiva, Apocalipse 17:6). Da mesma forma em Apocalipse, como em Gálatas, uma das duas mulheres é expulsa (e destruída Apocalipse 18:21), enquanto a outra mulher recebe sua herança (ou seja, o Senhor a toma como sua noiva). Isso explica porque Apocalipse apresenta um evento seguido por outro, isto é, logo após Babilônia ser destruída, acontece o casamento da noiva (Apocalipse 19:1-10). Deus se divorcia de sua esposa infiel do Antigo Pacto (que irrevogavelmente quebrou o pacto de união com Deus e ficou viúva quando matou à Jesus) e depois se casa com sua noiva fiel da Nova Aliança.

...Ver a prostituta como o sistema do templo do Antigo pacto ajuda-nos a compreender Apocalipse 18:21 (que diz que Babilônia não se levantaria de novo). A cidade de Jerusalém voltou a aumentar, porém, aquele sistema do primeiro pacto jamais ressuscitou. Aliás, se você olhar para a mercadoria da Babilônia (Ap 18:11-13) perceberá que são os itens usados na construção e ofertas do Templo. A cidade prostituta está vestida com roupas do sumo sacerdote. Carrington disse o seguinte sobre a mercadoria da Babilônia "A longa lista de mercadoria em [Apocalipse] 18:11-13 é certamente um catálogo de materiais para a construção do Templo." P. Carrington, O Significado de Apocalipse, 287.

...Em resumo, o Apocalipse está se comunicando por meio de símbolos (Apocalipse 1:1). Assim como a Nova Jerusalém não é uma cidade literal, mas uma comunidade de pessoas (a noiva, a comunidade da nova aliança) também a Babilônia não era uma cidade literal, mas uma comunidade de pessoas (a prostituta, a comunidade infiel do Antigo Pacto). A "cidade" que devia ser abandonada pelo povo de Deus era Jerusalém, mas ao mesmo tempo, o sistema do Antigo Pacto (muitos já estavam fora da cidade, como o povo das igrejas de Ásia). Mais uma vez, a Babilônia não era simplesmente Jerusalém do primeiro século, era um símbolo do antigo sistema do templo do Antigo Pacto. Sendo que a Babilônia estava centrada em Jerusalém, os cidadãos eram todo o Israel infiel que estava preferindo o antigo sistema do templo ao invés de Jesus.

 

Fonte: www.revistacrista.org