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O Pós-Milenismo Elimina a Vigilância?
Keith A. Mathison
____________

 

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto[1]

 

...Uma objeção prática à escatologia pós-milenista é levantada pelo amilenista Richard B. Gaffin, que adverte que o “pós-milenismo priva a igreja da expectação do retorno iminente de Cristo e assim, enfraquece a qualidade da vigilância que a igreja deve prestar.”[2] Isso é verdade, de acordo com Gaffin, porque o Novo Testamento ensina que “Cristo poderia ter retornado a quase qualquer momento desde o ministério dos apóstolos.”[3]

...Antes de responder a essa objeção, é interessante notar que ela foi levantada por um amilenista Reformado.[4] O uso desse argumento por um teólogo Reformado é irônico porque, como Oswald T. Allis apontou em sua crítica clássica do dispensacionalismo, a doutrina do retorno iminente do Senhor é um “dos grandes fundamentos do Dispensacionalismo.”[5] Não é uma doutrina historicamente Reformada. John Murray, por exemplo, argumenta que “a insistência que o advento é iminente é… sem garantia, e sua falsidade deveria ter sido demonstrada pelos eventos.”[6] O amilenista Reformado Morton H. Smith aponta o mesmo fato:

...A questão se a vinda do Senhor é iminente ou não é de grande interesse. O pré-milenismo pré-tribulacionista sustenta que ela é, e que para todos intentos e propósitos, até onde podemos ver, todos os sinais precursores já foram cumpridos para a primeira fase da segunda vinda do Senhor… Todas as outras visões tendem a ter certos elementos negativos de datação, que excluem a idéia da iminência imediata do seu retorno.[7]

...Allis observa que a doutrina de um retorno iminente de Cristo começou a ser enfatizada por volta de 1820 e foi adotada pelo movimento dos Irmãos, o precursor do dispensacionalismo moderno.[8]

...O fato que a doutrina da iminência é uma doutrina distintiva do dispensacionalismo não prova por si só que ela é falsa. Mencionamos o uso dela por Gaffin apenas para demonstrar quão influente o pensamento dispensacionalista se tornou. Em resposta à objeção em si, devemos observar que ela encara vários problemas:[9] [10]

1. A vigilância e preparação bíblica não demandam a doutrina da iminência. Como Morton Smith explica: “A Bíblia ensina claramente que deveríamos estar preparados para o seu retorno a qualquer momento, e que ele virá inesperadamente, como um ladrão à noite, mas isso não diz necessariamente que ela tem sido iminente para cada época da vida da igreja.”[11]

2. A palavra grega traduzida como “vigiar” em passagens como Mateus 24:42 e 25:13 é gregoreo, que significa literalmente “continuar acordado.” Isso implica que deveríamos estar ativa e obedientemente servindo a Cristo, vigiando a nós mesmos, e não os céus (cf. Atos 1:11).

3. Os outros textos que são usados como prova da doutrina do retorno iminente de Cristo (e.g., Ap. 1:1, 3; 22:6, 7, 10, 12, 20) não apóiam essa doutrina.

a. As palavras usadas significam “em breve” ou “perto”. Elas não permitem um intervalo de milhares de anos. Antes, indicam que o evento mencionado era iminente com relação ao tempo da escrita.

b. Elas devem, portanto, referir-se à vinda de Cristo em julgamento sobre Jerusalém no primeiro século, não ao seu retorno pessoal no final do mundo.

c. Passagens que se referem à segunda vinda de Cristo (e.g. Atos 1:11; 1Ts. 4:15-17) não incluem referências temporais como “em breve” ou “perto”. Nada é dito com respeito à proximidade da Segunda Vinda.

4. Como Allis observou, a objeção implica falsamente que “os homens não podem vigiar e esperar pela vinda de Cristo e serem estimulados e salvaguardados pelo pensamento dela, a menos que creiam que ela acontecerá 'a qualquer momento.' ”[12] Ele explica: “Uma mãe pode viver na esperança e expectação constante e sempre presente de ver seu filho ausente, mesmo que saiba que ele está do outro lado do globo terrestre.”[13]

5. Se a doutrina da iminência é verdadeira e a igreja primitiva cria nela, mas não percebeu que o conceito incluiria no mínimo dois mil anos de intervalo, como poderia a doutrina ser um encorajamento para a igreja hoje, quando sabemos que ela já incluiu dois mil anos? Em outras palavras, se “iminência” pode incluir um intervalo de dois mil anos, então ela pode incluir um intervalo de mais quatro ou dez mil anos. E nesse caso, ela cessa de ser um encorajamento para o tipo de vigilância demandada pelo dispensacionalismo.

...Essa objeção fracassa porque a Escritura simplesmente não ensina a doutrina dispensacionalista do retorno “iminente” de Cristo. O que ela nos ensina é sempre estarmos preparados para o Seu retorno, e fazemos isso quanto continuamos a servi-lo. Não sabemos quão muitas gerações virão antes de Cristo vir novamente, mas sabemos que todas elas precisarão ouvir o evangelho.

 

Fonte: Extraído e traduzido do excelente livro Postmillennialism: An Eschatology of Hope, Keith A. Mathison, P&R, p. 203-6.

 

____________________________
Referências:

1. Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto.
....Site: www.monergismo.com
....E-mail para contato: felipe@monergismo.com.
....Traduzido em abril/2008.

2. Richard B. Gaffin, Jr., “Theonomy and Eschatology”, 219.

3. Oswald T. Allis, Prophecy and the Church
....(Philadelphia: Presbyterian and Reformed, 1947), 169.

4. O amilenista Anthony Hoekema, em seu aclamado livro A Bíblia e o Futuro, publicado no ....Brasil pela Cultura Cristã, também defende a doutrina da iminência. Esse é um dentre
....vários outros defeitos do livro (N. do T.)

5. O método historicista de interpretar Apocalipse, por exemplo, que foi amplamente usado ....por crentes Reformados, elimina automaticamente a doutrina da iminência.
....Historicamente, os cristãos Reformados têm crido que existem sinais que
....necessariamentes precedem à vinda do Senhor.

6. John Murray, “The Last Things”, Collected Writings of John Murray, vol. 2, Select Lectures ....in Systematic Theology (Carlisle, Pa.: Banner of Truth, 1977), 407.

7. Morton H. Smith, Systematic Theology (Greenville, S.C.: Greenville Seminary Press,
....1994), 2:801. Ênfase adicioanda.

8. Allis, Prophecy and the Church, 168.

9. Para um argumento mais completo contra a doutrina da iminência, veja Allis,
....Prophecy and the Church, 167-75.

10. Veja também:
......www.monergismo.com/textos/pos_milenismo/iminencia-retorno_gentry.pdf (N. do T.)

11. Smith, Systematic Theology , 2:801.

12. Allis, Prophecy and the Church, 169.

13. Ibid.