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Preterismo > Equívocos no Apocalipse
A Geração que vê todas estas coisas

_________________

Por César Francisco Raymundo*


Declaração

   “Mat 24:34, “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam”.

   Jesus abrange sua palavra para que ela alcance mais de um nível de interpretação. O momento de “esta Geração” em Mateus 24:34 é regido pela frase relacionada, “TODAS ESTAS coisas”. Em outras palavras, Cristo está dizendo que a geração que vê “TODAS ESTAS Coisas” ocorrerem não deixará de existir ATÉ que todos os eventos da tribulação futura sejam literalmente cumpridos. Sem dúvida, aqui se trata de uma interpretação literal que não foi cumprida no século primeiro”.[1]

Refutação

   Porque “esta geração” deve ser regida pela frase “TODAS ESTAS coisas”? A interpretação não pode ser regida somente por uma frase, mas deve ser COMPLETA. Mesmo no uso da frase “não passará esta geração”, os preteristas levam em consideração todo o contexto de Mateus 24 e os evangelhos como um todo.
 
   O grande problema da declaração acima é que a geração que veria todas “estas coisas” iria deixar de existir logo após o cumprimento das mesmas. Se a referência a “esta geração” fosse a “raça” judaica, os atuais intérpretes teriam que admitir que Israel deixará de existir para sempre. Isto contraria o que muita gente atualmente pensa acerca de Israel dentro dos planos de Deus. Se o articulista de fato fizesse literalmente a interpretação da frase “esta geração”, ele levaria em conta o pronome demonstrativo próximo “esta” e o interpretaria como de fato deve ser interpretado.     

Declaração

   “Mas Cristo também avança para outro significado, ele não está fazendo ali uma última análise sobre uma palavra que se perderia num cumprimento definitivo dentro de 40 anos. Ele não fala apenas aos seus contemporâneos, mas a uma geração a quem os sinais de Mateus 24 se tornarão evidente.

   O que Jesus está dizendo é que uma geração que tem uma antevisão do começo do FIM vê também o seu próprio fim. Quando os sinais sobre a iminente destruição de Jerusalém vierem, vão avançar rapidamente, e não se arrastarão por muitas outras gerações.

   Esse também é um aviso para quem vive a nossa geração, pois os sinais previstos em Mateus 24 são visíveis hoje”.[2]

Refutação

Agora o articulista parece dar um pouco de crédito a ideia de que aqueles sinais eram “sobre a iminente destruição de Jerusalém”. Não há como escapar do que o texto diz claramente. É impossível ler Mateus 24 e não ver ali um cumprimento local e dentro primeiro século da era cristã. O articulista claramente fugiu do contexto de Mateus 24, pois o que acontece hoje em matéria de guerras, terremotos, pestes etc., não são mais sinais do fim. O fim em Mateus 24 era sobre a destruição do templo. Todo o sermão profético foi pronunciado por Jesus, única e exclusivamente, por causa de sua declaração sobre o templo, de que do mesmo não sobraria pedra sobre pedra que não fosse derrubada.
 
Declaração

   “[...]

   Como tal, é a questão dos sinais que controla a força da passagem, fazendo com que este ponto de vista se torne legítimo, sendo a correta visão. Jesus diz que os sinais que mostrarão o começo do fim vêm relativamente rápidos, e que diante desses sinais sua vinda não passe de uma geração.

   Apesar do coro preterista que “esta geração” se refere a geração do primeiro século, uma interpretação literal relaciona o momento da realização de outros eventos no contexto. Embora seja verdade que há outras utilizações de “esta geração”, que também faz referência aos contemporâneos de Cristo, não deixa de significar que a profecia aponta principalmente para eventos que ocorrerão antes da Segunda Volta de Jesus.

   O uso de “esta geração” no Sermão do Monte e nas passagens da figueira são textos proféticos. Na verdade, quando se compara o uso de “esta geração” no início do Sermão do Monte, em Mateus 23:36 (que é uma referência indiscutível para AD 70) com o uso profético em Mateus 24:34, um contraste parece óbvio. Jesus está contrastando uma libertação de Israel em Mateus 24:34 com o Julgamento previsto de Mateus 23:36. Isso não ocorreu, muito pelo contrário, Jerusalém foi arrasada e os judeus dispersos”.[3] [o grifo é meu]

Refutação

   Grifei o trecho acima em negrito, porque o articulista aqui refutado o tirou da página 79 do meu e-book intitulado “Mateus 24 e a vinda de Cristo”. Esse trecho, na verdade, é uma declaração de Thomas Ice que, por usa vez, tirei do livro “A Grande Tribulação: Passado ou Futuro”, páginas 103-104, escrito por Ice e Gentry (Editora Grand Rapids: Kregel, 1999). Não sei porque motivo, mas o articulista refutado não citou a fonte de onde tirou o texto. Isso tem virado moda entre alguns refutadores do preterismo, simplesmente não citam fontes. 
    
   Parece loucura, mas de onde o articulista tirou a ideia de que em Mateus 24:34 Israel seria libertado? E se Israel fosse libertado após a Grande tribulação, então, sua geração não iria passar ou deixar de existir, mas continuaria para todo o sempre na vida eterna.

Declaração

   “TODAS ESTAS Coisas

   Quando desafiados ou ameaçados sobre a veracidade de outros detalhes interpretativos, os preteristas quase sempre caem de volta naquilo que chamamos de “textos do tempo”. Sua compreensão de “esta geração” (Mateus 24:34) no Sermão do Monte se torna, para eles, o texto prova que resolve todos os argumentos e justifica a sua interpretação fantasiosa de muitos outros detalhes referidos por Cristo como “todas estas coisas” no verso 34”.[4]

Refutação

   Os “textos do tempo” são muito importantes! O versículo 34 é o que responde a seguinte pergunta dos discípulos: “Dize-nos quando sucederão estas coisas...? Outro detalhe, existem cerca de 78 versículos do Novo Testamento que mostram que algo estava para acontecer “em breve” ou dentro dos limites daquela geração. Portanto, os preteristas não se prendem a um único versículo. 

Declaração

   “A intepretação dos Preteristas sobre “todas estas coisas” de Mateus 24:3-31 são alegóricas apenas para caber em seu esquema do primeiro século. Uma vez que “esta geração” é controlada pelo significado de “todas estas coisas,” é óbvio que essas coisas todas não ocorreram dentro e em torno dos eventos da destruição romana em Jerusalém no ano de 70 dC.”[5]

Refutação

   Aqui temos uma declaração “maluca” de alguém que realmente não sabe do que está falando. Nem tudo o que está descrito em Mateus 24 está de forma alegórica. A única parte claramente simbólica - em que é possível encontrar referências no Antigo Testamento – é a parte que diz do sol, da lua e das estrelas perdendo seus brilhos e caindo do céu, bem como sobre Jesus vindo nas nuvens (esta última bastante encontrada no Antigo Testamento).

Declaração

   “Quando foram os judeus, que estavam sob cerco romano, resgatados pelo Senhor no ano 70 dC? Eles não foram resgatados, eles foram julgados, como observado em Lucas 21:20-24. Mas Mateus 24 fala de um resgate Divino daqueles que estão sob cerco:

29 E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas.

30 Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.

31 E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.

   A aflição daqueles dias, segundo os preteristas, faz referência a Grande tribulação que veio sobre Jerusalém em 70 dC. Isso não poderia ter-se cumprido no primeiro século!”[6]

Refutação

   É ridículo que o articulista ainda ache que no sermão profético Cristo tenha dito a respeito do resgate dos judeus. O texto é claro a respeito do julgamento e destruição da cidade de Jerusalém. Só era possível fugir da cidade quem seguiu as recomendações de Cristo conforme registrado em Mateus 24:15-20. As referências de anjos ajuntando “escolhidos desde os quatro ventos” vem do imaginário judaico do ajuntamento do povo de Deus. A palavra “ajuntar” ou “reunir” significa literalmente “sinagogar”. Com a destruição do templo e do sistema do Antigo Pacto, seu povo eleito, a igreja, é reunida em sua Nova Sinagoga pelos anjos (ou mensageiros). A igreja não ficou sem rumo após a queda de Jerusalém, mas milagrosamente foi ajuntada num só povo, sem precisar de templo ou monte fixo para adoração. Nas Obras de referência no final deste e-book, há muito material que explica detalhadamente este assunto.  

Declaração

   “A declaração imediatamente anterior de Cristo a “esta geração”, diz: “mesmo assim, vocês também, quando virdes todas estas coisas, reconheceis que Ele está próximo, às portas” (Mateus 24:33).

   Sendo assim, os preteristas são forçados a afirmar que o ponto da parábola de Cristo do figo, a árvore (Mateus 24:32-35), é que todos os eventos observados anteriormente em Mateus 24:4-31 são sinais anunciando que sobre aqueles que estavam cercados pelos romanos a ajuda estava chegando na Pessoa de Cristo em Sua volta para resgatar seu povo. Isso não faz sentido algum”.[7]

Refutação

   É óbvio que não faz sentido algum, porque o articulista não conhece o pensamento preterista. Apenas é mais um blogueiro de internet que não sabe do que está falando. É um guia cego guiando outros cegos. Talvez, a mente do articulista ainda esteja fantasiosa de que Cristo sobrenaturalmente viria arrebatar os discípulos naqueles dias de cerco a Jerusalém. Mais à frente vou explicar essa “redenção” prometida por Jesus para aqueles dias.   

Declaração

   “Vejam como a situação do preterismo piora consideravelmente. SE Jerusalém estava prestes a ser destruída, seu povo disperso, como pode Lucas dizer que a redenção de Israel estava próxima?

   Em Lucas 21:28 Jesus é enfático quando afirma que a redenção de Israel estava próxima,

   “Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima”.[8]

Refutação

   Vamos agora ver se a situação do preterismo piora consideravelmente. Na verdade, foi a situação do articulista que piorou consideravelmente. Ele não pesquisou no grego o que significa a palavra “redenção” no contexto de Lucas 21:28. Veja o que o Dicionário de Escatologia do Preterismo diz sobre a palavra “redenção”:

Redenção – [Do Gr. απολυτρωσις, Transl.: apolutrosis, do Lat. Redemptio] Resgate, libertação garantida mediante o pagamento de um resgate.

1. No grego clássico essa palavra descrevia a ação de um amo que resgatava um escravo que havia se tornado prisioneiro.

2. Na linguagem da Escritura, redenção é a libertação da condenação por meio do sacrifício de Cristo (Romanos 3:24; Colossenses 1:14).

3. Em sentido geral, redenção significa libertação (sem a ideia de um resgate). Ex.: Libertação de calamidades e morte (Lucas 21:28; Hebreus 11:35). No caso do contexto de Lucas 21:28, significa que quando começasse a grande tribulação, os discípulos deveriam se alegrar porque a redenção (ou libertação das calamidades e morte) estava se aproximando”.[9] [o grifo é meu]

   E se alguém tiver alguma dúvida e quiser uma obra de maior renome, cito a seguir o Léxico Grego do Novo Testamento de Edward Robinson:[10]

Declaração  

   “[...]

   Em contradição com isso, outros preteristas ensinam que “todas estas coisas” referem-se a vinda não corporal de Cristo através do exército romano no primeiro século. Eles são forçados a dizer que toda a passagem fala de uma vinda de Cristo através dos acontecimentos que antecederam o que Cristo realmente diz sobre como será o seu retorno. Não entanto, contra essa bagunça preterista, Cristo diz na parábola da figueira que os eventos anteriores, os sinais, ou todas estas coisas, deveriam ser um reconhecimento de que ele está próximo, às portas. Porém, Jesus ainda não veio!

   Aqui eles são derrubados, pois Cristo realmente falava sobre sua Segunda Vinda, a qual ainda não ocorreu. E se ele diz aos que ali estavam que quando “estes” vissem os sinais, eles deveriam reconhecer que ele estava para vir, estava às portas. Isso deixa evidente que muita coisa em Mateus 24 acontecerá antes da Segunda Volta do Senhor”.[11]

Refutação

   Aqui o articulista prova mais uma vez que realmente não sabe do que está falando. Ele ainda não aprendeu que nem tudo o que se chama “vinda” nas Escrituras deve ser chamada de a Segunda vinda de Cristo. Volto a bater na mesma tecla a respeito da frase “não passará esta geração”. Pergunto: Se a “geração” não era a dos discípulos, e se eles não teriam nenhuma participação nos acontecimentos da Grande tribulação, porque o Senhor não foi claro como o anjo foi a Daniel? A Daniel o anjo disse:      

   “A visão da tarde e da manhã, que foi dita, é verdadeira; tu, porém, preserva a visão, porque se refere a dias ainda mui distantes”.
                                                                                        (Daniel 8:26)

   Mais de uma vez o anjo fala para Daniel encerrar aquelas palavras, porque elas nada tinham a ver com seus dias. Toda questão ficaria resolvida se o Senhor falasse a mesma coisa aos discípulos. Ele poderia falar que Mateus 24 se cumpriria em dias "mui distantes", longe da geração deles. O Senhor também poderia dizer “aquela geração” ao invés de “esta geração”. É muito significativo o fato de que o Senhor Jesus indicou uma “geração” que veria os acontecimentos de Mateus 24, pois é um sinal indicando que os discípulos poderiam saber sobre a mesma.

 

........................
Este texto faz parte do e-book "Equívocos e Contradições do Preterismo?" que já está disponível para download.

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* César Francisco Raymundo é editor da Revista Cristã Última Chamada.
   Saiba mais sobre o autor clicando aqui  

 

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Notas:

1. Artigo: A geração que vê todas estas coisas
    Autor: A Franco
   Site:
   https://agrandecidade.com/category/minhas-palavras-nao-passarao/a-geracao-que-ve-todas-estas-coisas/
   Acessado 14 de julho de 2016

2. Idem nº 1.

3. Idem nº 1.

4. Idem nº 1.

5. Idem nº 1.

6. Idem nº 1.

7. Idem nº 1.

8. Idem nº 1.

9. Dicionário de Escatologia do Preterismo
     - Revista Cristã Última Chamada -
     - Edição Especial Nº 025 -
     Autor: César Francisco Raymundo
     Site: www.revistacrista.org/literatura_Revista025.html

10. Léxico Grego do Novo Testamento, págs. Pg. 104, 105.
       Autor: Edward Robinson
       Tradução: Paulo Sérgio Gomes.
       Edição em língua portuguesa © 2012
       Editora Casa Publicadora das Assembleias de Deus. 

11. Idem nº 1.