Sistema de busca interna
Os ítens mais recomendados de nossa livraria ___________

Quem Somos..... Artigos .....Literaturas..... Revistas .....Fale Conosco ..... Home
revistacrista.org
__________________________________________________________________________________________________________________________________
Tópicos relacionados____________________________________________________________________________________________________________________
Apocalipse
... Saiba mais...
Geração, Última
... Saiba mais...
Vida Eterna
... Saiba mais...
Revistas________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Atualizações
Twitter
Blogger

Downloads
Folhetos
Literaturas
Revistas
Vídeos
A Edição para iPad

Mensagens e Artigos
Temas Escatológicos
de A a Z
Frases Escatológicas

Nossas Crenças
Em que Cremos
Estatuto de Crença do Fim dos Tempos
Religiao x Evangelho
Glossário

Sobre nós
Quem Somos
Nossos Autores
Editorial
Liberdade de Expressão

Revista Cristã
Última Chamada
Todos os direitos reservados.

Contatos
Contribuições e Anúncios
Contato

...Quem Somos..... Artigos .....Literaturas..... Revistas .....Fale Conosco ..... Home

Preterismo > Equívocos no Apocalipse
Carta à igreja de Esmirna
A Igreja de Esmirna não
existia em 60
d.C.?
_________________

Por César Francisco Raymundo*


Declaração

  “Jesus passou seus ensinamentos para os doze Apóstolos, e Paulo passou seus ensinamentos para Timóteo (I & II Timóteo). Mas, poderíamos encontrar alguém não mencionado nos escritos Neo Testamentários que conheceu e conviveu com algum dos Apóstolos de Jesus? Sim, um homem chamado Policarpo.

   Policarpo (69-156 dC) viveu no atual oeste da Turquia, e foi o bispo de Esmirna.

   Esmirna aparece em um livro da Bíblia: foi a cidade onde ficava uma das sete Igrejas mencionadas em Apocalipse.

Apocalipse 2:8-10

   E ao anjo da igreja que está em Esmirna, escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi morto, e reviveu:

   Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás.

   Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.

   João foi o autor do livro, e por isso sabia de todas as sete cidades listadas em Apocalipse 2-3. Ninguém sabe ao certo se João visitou todas essas Igrejas, e embora a história confirme que o Apóstolo viveu em Éfeso antes de ser enviado para Patmos, esta Igreja estava sob a orientação de Paulo antes de 70 dC.

   O detalhe importantíssimo é que Esmirna ficava apenas 30 milhas de distância da cidade de Éfeso. O problema preterista começa aqui: A Igreja de Esmirna não existia na época de Paulo, pois se existisse nada impedira que ele fosse visitá-la, já que a distância entre as duas cidades era tão pequena”.[1] 
  
Refutação

   Na verdade, é o problema do articulista que começa aqui! Como ele pode dizer que a igreja de Esmirna não existia na época de Paulo diante das evidências bíblicas? Até mesmo os dispensacionalistas concordam que a igreja de Esmirna existia na época de Paulo, veja:

   “Diferentemente da igreja de Éfeso, a igreja de Esmirna não é mencionada em nenhuma outra parte do Novo Testamento. Mas há indícios de que ela também tenha sido estabelecida por Paulo e seus companheiros.

a) Em Atos 19.10, está escrito que, num espaço de dois anos, “todos os que habitavam na [província da] Ásia ouviram a palavra do Senhor Jesus, tanto judeus como gregos”.

b) Nos tempos do Novo Testamento havia três Ásias: o continente; a região (Ásia Menor, atual Turquia); e a província.

c) Paulo apenas passou por Éfeso, capital da província da Ásia, em sua segunda viagem missionária (At 18.19-23).

d) Na sua terceira viagem, Paulo se estabeleceu na Ásia e a evangelizou, a ponto de o ourives Demétrio ter declarado: “bem vedes e ouvis que não só em Éfeso, mas até quase em toda a Ásia, este Paulo tem convencido e afastado uma grande multidão, dizendo que não são deuses os que se fazem com as mãos” (At 19.26).[2]
                                                                                              [o grifo é meu]

   Se já não bastasse as declarações acima (inclusive a de Atos 19:10, 26), temos uma declaração do apóstolo Pedro que “incluiu os eleitos e forasteiros da Ásia entre os destinatários de sua primeira carta (1 Pedro 1:1). É bem possível que a igreja em Esmirna, uma cidade situada aproximadamente 65 km ao norte de Éfeso, esteja incluída nestas citações. Mas, a primeira vez que ela é identificada por nome é nas citações no Apocalipse”.[3]

   Uma outra questão que o articulista não prestou atenção; pois se nada impedira que o apóstolo Paulo fosse visitar a igreja de Esmirna, já “que a distância entre as duas cidades era tão pequena”, uma distância “tão pequena” não era empecilho para que o evangelho já estivesse nessa cidade através de outros pregadores.

Declaração

   “No versículo abaixo Policarpo deixa implícito que a sua igreja nem sequer existia nos dias do apóstolo Paulo. É interessante notar que Esmirna nunca é mencionada no livro de Atos ou em qualquer outra epístola do Novo Testamento.

   Ele escreve aos Filipenses,

   “Mas eu nem vi nem ouvi nada semelhante entre vocês, no meio daqueles com quem Paulo trabalhou, e que estão louvados no início de sua epístola. Com efeito, ele se gloria de vocês diante de todas as Igrejas que sozinhas conheciam o Senhor; mas nós [de Esmirna] não o conhecíamos”. (Policarpo – Epístola aos Filipenses, XI)

   Somente pelo fato de Policarpo dizer que a Igreja de Esmirna não conheceu o Apóstolo dos gentios, já demonstra que ela – mesmo que existisse antes de Policarpo – não foi instituída no tempo de Paulo. Considerando que ele foi martirizado em fins de 67 AD, deve significar que não havia ali congregação nenhuma nessa época – se houvesse uma Igreja em Esmirna na década de 60 AD, quem deveria ter lhes dirigido uma carta era Paulo e não João. E, se Esmirna ficava a pequena distância da Igreja de Éfeso, onde o Apóstolo permaneceu por dois anos pregando a Palavra (Atos 19: 1-10), nada impediria que fosse visitá-la, mencionando-a em algumas de suas cartas”.[4]

Refutação

   O articulista agora quer dizer o que o apóstolo deveria ter feito, ou seja, Paulo deveria por obrigação visitar Esmirna ou mesmo mandar-lhe carta, ou até mesmo mencioná-la. Isto é absurdo, mesmo porque nós não sabemos porque assim se deu dessa igreja ser mencionada diretamente só no Apocalipse. Se a Palavra não for clara o suficiente quando declara que “todos os que habitavam na Ásia ouviram a palavra do Senhor Jesus”, ou que “até quase em toda a Ásia, este Paulo tem convencido e afastado uma grande multidão”, o que mais poderei esperar de um articulista que sendo tão detalhista para combater o Preterismo, não consegue ver os detalhes que não lhe interessam.     

Declaração

   “O que se observa depois de inúmeros detalhes, é que  não havia sequer uma igreja na cidade de Esmirna quando os preteristas garantem que João os escreveu (63-65 dC). Escusado será dizer que isto favorece fortemente uma data pós 70 dC para a redação do Livro de Apocalipse”.[5]

Refutação

   O articulista fala em “detalhes”, mas ele mesmo não se atenta que se “todos” ou “quase toda a Ásia” ouviu o evangelho, é de se esperar que a igreja de Esmirna esteja incluída, mesmo porque é difícil acreditar que num período de tamanha febre do evangelho se espalhando para todos os lados, essa igreja estivesse de fora (ainda mais tão perto de Éfeso).

   Uma outra questão que o nosso tão detalhista articulista se esqueceu, é que no dia de Pentecostes, lá bem no início da igreja primitiva, quando o Espírito Santo desceu sobre os discípulos, estavam ali presenciando o milagre das línguas “varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu” (Atos 2:5). Lucas acrescenta que esses homens eram “partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, e Judeia, e Capadócia, e Ponto, e Ásia, e Frígia, e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos (tanto judeus como prosélitos), e cretenses, e árabes” que ouviram os discípulos falarem em suas “próprias línguas” “das grandezas de Deus” (Atos 2:9-11).

   Fica difícil imaginar que esses homens maravilhados com o que viram, porventura, não voltariam para as suas terras não levando consigo a semente do evangelho (principalmente os da Ásia que destaquei). Muito mais importante do que isso, são as declarações de Paulo em que ele diz que o evangelho já havia sido pregado em todo o Império romano de seus dias:

   “Primeiramente dou graças ao meu Deus por Jesus Cristo, acerca de vós todos, porque em todo o mundo é anunciada a vossa fé.
                                                            (Romanos 1.8 – o grifo é meu)

   “Por causa da esperança que vos está reservada nos céus, da qual já antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho, que já chegou a vós, como também está em todo o mundo; e já vai frutificando, como também entre vós, desde o dia em que ouvistes e conhecestes a graça de Deus em verdade”.
                                                  (Colossenses 1.5-6 – o grifo é meu)

   “Se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé, e não vos moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido, o qual foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, estou feito ministro”.
                                                 (Colossenses 1.23 – o grifo é meu)

   “Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, para que por mim fosse cumprida a pregação, e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão”.
                                                 (2ª Timóteo 4:17 - o grifo é meu)

   Esta última declaração do apóstolo Paulo é bem interessante, pois ele alega ter cumprido a pregação e que todos os gentios a ouviram. Você ainda acha que era possível que a igreja de Esmirna não existisse nos dias de Paulo?

Declaração

   “[...]

   No entanto, o absurdo preterista não tem limites. Algumas vertentes dessa escola alega que João começou a escrever o Apocalipse entre 62 e 64 d.C e concluiu o Livro por volta de 96 d.C. Isso significa que ele esteve preso por quase uma geração!

   Essa visão do preterismo força-os a enviar João para a ilha por volta de 60 AD, mantendo-o encarcerado até fins do primeiro século. Eles aprisionaram João por quase 40 anos (?).  Quando ele tutelou Policarpo? A Biografia acima diz que Policarpo assentava-se aos pés do Apóstolo numa época em que era bem jovem. Se João discípulo Policarpo depois de ter sido liberto do cativeiro, perto do primeiro século, significa que Policarpo já estaria alcançando seus trinta anos de idade, não sendo mais tão jovem. O que se percebe é que João foi exilado em meados de 80 AD. Isso implica dizer que Policarpo já era seu discípulo antes dele ter sido aprisionado”.[6]

Refutação

   O grande problema desses articulistas é a questão das citações de fontes. Se tem uma vertente do Preterismo que alega que “João começou a escrever o Apocalipse entre 62 e 64 d.C e concluiu o Livro por volta de 96 d.C.”, o articulista simplesmente deveria citar a fonte de onde tirou isso. Outro detalhe, se João tivesse escrito o Apocalipse em todo esse tempo, isto não significa que João ficou preso por quase quarenta anos.   

 

........................
Este texto faz parte do e-book "Equívocos e Contradições do Preterismo?" que será lançado em breve.

Mais equívocos e contradições clique aqui

....................
* César Francisco Raymundo é editor da Revista Cristã Última Chamada.
   Saiba mais sobre o autor clicando aqui  

 

________________
Notas:

1. Artigo: A Igreja de Esmirna não existia em 60 AD
    Autor: A Franco
    Site:
    https://agrandecidade.com/2012/08/19/a-igreja-de-esmirna-nao-existia-em-60-ad/
    Acessado 14 de agosto de 2016

2. Artigo: “A IGREJA DE ESMIRNA”
    Autor: Pr. Ciro Sanches Zibordi
   Site:
   http://cirozibordi.blogspot.com.br/2012/03/estudo-sobre-as-sete-cartas-do.html
   Acessado 14 de agosto de 2016

3. Artigo: A Carta à Igreja em Esmirna
    Autor: Dennis Allan
    Site: http://www.estudosdabiblia.net/d130.htm
   Acessado 14 de agosto de 2016

4. Idem nº 1.

5. Idem nº 1.

6. Idem nº 1.