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   Um dos supostos equívocos de que acusam o Preterismo é a questão da besta e do falso profeta serem lançados no lago de fogo conforme Apocalipse 19. Abaixo, vai um texto completo que um articulista escreveu sobre o assunto:

Declaração

   “O Anticristo, que é a besta, e o falso profeta, foram lançados vivos no lago de fogo após a destruição de Jerusalém. É isso mesmo, Apocalipse 19 afirma que esses homens foram finalmente destruídos depois que o Senhor Jesus julgou Jerusalém em 70 dC. Surpresos? Pois essa deve ser a teoria aceita se seguirmos a cronologia preterista:

   “E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre”, Apo 19:20

   Onde estariam os registros de alguém sendo lançado vivo no lago de fogo imediatamente após (“…E, DEPOIS destas coisas …”, Ap 19:1) a destruição da cidade santa?”[1]

Refutação

   O articulista em questão faz uma interpretação literal até mesmo da interpretação preterista. Desde quando (caso assim fosse), precisaria de registros sobre alguém sendo lançado vivo no lago de fogo para que tal fato fosse verdade? E quem nesta Terra iria ver tal acontecimento? O único que se sabe que teve acesso a tal visão, foi o apóstolo João.

   Um outro detalhe, a vinda de Jesus em julgamento foi um período que vai do ano 66 ao ano 70 d.C., logo, se Nero pode ser considerado como uma das cabeças golpeadas de morte, significa que ele estava dentro do período em que Cristo estava julgando Jerusalém, e assim a besta foi morta entre Nero e Vespasiano.  

Declaração

   “Para muitos preteristas, Armagedon (Apoc 16:12-16; Apoc 19:19,20) trata da suposta queda de Jerusalém em 70 dC. Dizem que a besta era o imperador romano Nero ou mesmo seu sucessor. Mas Nero suicidou-se dois anos antes de Jerusalém ser destruída. Na verdade, Jerusalém foi destruída sob o imperador romano Vespasiano, não Nero. Além disso, nem Vespasiano, nem o seu general, Tito, foram mortos em Jerusalém com seus corpos “lançados vivos no lago de fogo e enxofre” (Apocalipse 19:20)”.[2]

Refutação

   Todo preterista sabe (ou deveria saber) que a besta dependendo do contexto é o Império Romano ou a pessoa de Nero César. Uma vez que o imperador romano Vespasiano destruiu Jerusalém, logo, podemos dizer que a besta (Roma) teve parte no processo. 

   Vale acrescentar que Nero morreu sim durante a vinda de Cristo nos anos 66 a 70 d.C. que, inclusive, foi o período do Armagedom, período este em que aconteceram diversas situações como a morte de uma das cabeças da besta, a “ressurreição” da besta etc.     

Declaração

   “Eu explico…

   Se o capítulo 18 trata da destruição final de Jerusalém, a Grande Cidade, a Grande Babilônia, como desejam os preteristas, obviamente devem eles concordar que o Anticristo e o falso profeta, que aparecem finalmente destruídos em Apocalipse 19, são os mesmos mencionados em toda a profecia do Livro. Afinal de contas, o capítulo registra como estas figuras diabólicas foram por fim condenadas.

   Em outras palavras, o Preterismo deve, como é forçado, a identificá-los com ditadores romanos que viveram antes da queda de Jerusalém. Sendo assim, o que é fato – se nos baseamos na interpretação preterista – eles, a besta e o falso profeta, foram “lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre” (19:20) imediatamente após a queda de Jerusalém.

   Onde estão as evidências de que isso já ocorreu?”[3]

Refutação

   Desde quando todas as verdades bíblicas precisam de evidências históricas? Os preteristas, por exemplo, usam os escritos de Josefo e outros como dádivas de Deus que nos agraciou em nos informar e provar o quanto seu Filho é o verdadeiro profeta prometido no Antigo Testamento. Caso não tivéssemos nada a disposição para provar o cumprimento passado das profecias, deveríamos apenas afirmar o que está escrito. Saiba os oponentes do preterismo que os preteristas não são dependentes de Flávio Josefo e de nenhum outro.
   Em relação a besta e o falso profeta serem lançados no lago de fogo, o articulista em questão prova o seu desconhecimento tanto das Escrituras bem como do preterismo.

   Observe a seguir alguns pontos:
 
1. No livro do Apocalipse é próprio do estilo literário de João antecipar visões que só acontecerão nos próximos capítulos. Veja, por exemplo, a referência antecipada aos sete Espíritos diante do trono de Deus em Apocalipse 1, mas a visão só acontece em Apocalipse 4:5. Outro exemplo é que a descida da Nova Jerusalém só acontece em Apocalipse 21, mas em Apocalipse 20:9 é dito que a “cidade amada” já estava na terra junto ao acampamento dos santos.

2. Assim como sempre usa imagens do Antigo Testamento como exemplos, João muito provavelmente ao dizer que a besta e o falso profeta foram jogados vivos no lago de fogo, possivelmente fez uma alusão a Números 16:30-33 que fala sobre Datã e Abirão que foram engolidos pela terra e vivos desceram à sepultura. Sendo assim, João antecipa a condenação certa tanto da besta como do falso profeta. É mais ou menos do mesmo modo como Jesus disse a respeito de Judas: “Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura”. (João 17:12)

3. Portanto, ser jogado vivo no lago de fogo é uma antecipação da situação dos condenados na eternidade. Eles ressuscitarão no fim para em seguida serem lançados com corpo e alma conforme Mateus 10:28.

Declaração

   “Basta somente passar os olhos no capítulo 19 que o leitor vai observar que eles foram instrumentos do julgamento de Cristo que havia voltado (?). Quem os julga e os lança no lago de fogo é o próprio Jesus na manifestação da sua Segunda Vinda, a qual os preteristas são obrigados a afirmar que já ocorreu. Portanto, deve-se perguntar: Quem era o falso profeta e o anticristo nessa ocasião?”[4]

Refutação

   Quem foi que disse que os preteristas afirmam que a Segunda Vinda de Cristo ocorreu em Apocalipse 19? É claro que quem afirma isto são os preteristas completos que nem vamos aqui perder tempo falando deles porque trata-se de uma heresia. Agora dizer que Apocalipse 19 trata da Segunda Vinda de Cristo é forçar o texto. O texto de Apocalipse 19 fala das bodas do Cordeiro com sua noiva, a igreja, e também mostra Cristo como o conquistador celestial.
   Apocalipse 19:11 que é frequentemente usado para descrever a Segunda Vinda mostra Cristo vindo em “um cavalo branco” e não da forma como o anjo descreveu que Ele viria segunda vez:

   “Estando eles com os olhos fixos no céu, enquanto ele subia, apareceram junto deles dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi elevado ao céu, virá do mesmo modo como o vistes partir”.
                                                 (Atos 1.10-11 – o grifo é meu)

   O cavalo era considerado um emblema de guerra. Seria muito estranho Cristo vir num cavalo uma vez que as passagens claras das Escrituras nos fornecem o modo correto em que Ele virá.
   O texto de Apocalipse 19 mostra Cristo vindo com seus exércitos para a guerra e não vindo com seus santos. Os exércitos que participam da guerra não é a igreja, mas sim os anjos de Cristo.

Declaração

   “Uma vertente do preterismo já declarou que pelo menos um desses personagens foi cabeça do império romano, o Anticristo Nero. Acho que é por isso que muitos chegaram ao absurdo de interpretar que a besta e seus exércitos são supostamente vindo de Roma contra Jerusalém, mas isto dificilmente pode ser, pois Tito (onde estava Nero?) e seu exército foram os vencedores em 70 dC, enquanto Apocalipse diz que “a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e contra os seus exércitos” (Apocalipse 19:19), foram os perdedores”.[5]

Refutação

   Sobre Tito vir contra Jerusalém e não Nero, isto não muda em nada, pois a besta em si é o Império romano que no contexto especifico de Apocalipse 13 é também Nero César.
   Ainda sobre o fato de Tito atacar Jerusalém, é bem verdade que ele foi usado por Deus para cumprir esse propósito. Isto não indica que Tito e Vespasiano eram pessoas piedosas, pois Tito foi oposto também ao Cristianismo, quando “expressou a opinião de que o templo deveria certamente ser destruído, a fim de que as religiões judaica e cristã pudessem ser mais completamente abolidas; pois embora essas religiões eram hostis entre si, tiveram, no entanto, o surgimento a partir dos mesmos fundadores; os cristãos eram uma ramificação dos judeus, e se a raiz fosse arrancada, logo a planta inteira iria perecer”.[6]

   Na pessoa de Tito cumpre-se exatamente algo parecido com o que ocorreu no passado em Jerusalém, ou seja, quando o rei Nabucodonosor (que não era uma pessoa piedosa), com seus exércitos invadiu Jerusalém, destruiu o templo e levou o povo cativo cumprindo assim a vontade de Deus em castigar o povo judeu.
 
Declaração

   “Perguntas que precisam ser respondidas pelos preteristas

   Onde estão o Anticristo e o falso profeta? A teoria preterista passada não corresponde aos fatos, pois a queda de Jerusalém em 70 dC. não extinguiu o anticristo. Nem a morte da “besta” – que segundo a interpretação destes, tem que ser Nero -, e nem os milhares de judeus mortos no cerco de Jerusalém, pôs fim ao anticristo”.[7]

Refutação

   Para começo de conversa, quem é o Anticristo? Esta pergunta deve ser respondida, pois a concepção atual sobre o anticristo é antibíblica, porque refere-se a um anticristo híbrido. O anticristo na concepção atual é uma mistura do Abominável da desolação de Mateus 24, o homem da iniquidade descrito por Paulo e a besta do Apocalipse. Todos esses personagens descritos seriam somente uma pessoa que atualmente os crentes a chamam de Anticristo.

   O articulista aqui refutado também parece que não sabe quem é o anticristo dentro da perspectiva bíblica. Embora a besta ou qualquer outro agente do mal possa ser chamado de “anticristo” (porque obviamente o termo significa ‘contra Cristo’), o anticristo descrito por João em suas cartas não é um homem, mas um conjunto de vários falsos profetas. Havia nos dias de João um boato sobre um Anticristo que haveria de vir:

   “Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora.
                                                          (1ª João 2:18 – o grifo é meu)

   Observe duas coisas interessantes que João deixa claro em sua carta:

1. Aquele momento da igreja primitiva já era “a última hora”, enquanto muitos hoje erroneamente esperam por um anticristo que virá na última hora do mundo.

2. João desvia sua atenção do Anticristo (no singular) para o perigo dos “anticristos”. E, ainda no versículo 19, João disse que esses "anticristos" eram os que haviam se apostatado naqueles dias. 

   No versículo 22 João identifica o anticristo fazendo uma pergunta e dando a resposta logo em seguida:

   “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho
                                                   (1ª João 2:22 – o grifo é meu)

   Na segunda carta ele identifica mais uma vez quem era o anticristo que haveria de vir:

   “Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo.
                                                     (2ª João 1:7 – o grifo é meu) 

   O fato do anticristo ser um grupo de pessoas que não confessam que Jesus Cristo veio em carne mostra que João referia-se ao gnósticos de seu tempo. Isto não quer dizer que não há anticristos hoje em dia que não devam ser combatidos, mas o cumprimento foi especifico nos tempos da igreja primitiva.

   Em relação a besta (Roma) e o falso profeta (Israel) é fato que eles foram extinguidos para sempre. Quem procura hoje por esses personagens está perdendo tempo ao procurar por alguém que já foi derrotado no primeiro século da era cristã.

Declaração

   “Repetindo: O falso profeta e o anticristo, que aparecem nos capítulos anteriores a Apocalipse 18, capítulo que trataria da queda de Jerusalém, são vistos no capítulo 19 sendo lançados no lago de fogo. Agora, se garantem que Apocalipse 18 já teve cumprimento, mas Apocalipse 19 não, eles tem um problema enorme para resolver. E pior, se garantem que Apocalipse 19 já teve cumprimento, então precisam provar que Jesus já retornou, pois o capítulo 19, entre outras coisas, trata da sua Segunda Vinda”.[8]

Refutação

   O articulista - assim como a maioria dos cristãos - não conhece os diferentes tipos de vinda de Cristo (ver no começo deste e-book os seis tipos de “vinda” de Cristo).

   Quando o articulista diz sobre “o falso profeta e o anticristo”, ele comete um equívoco, pois curiosamente a palavra “anticristo” nem aparece no Apocalipse (embora ele tenha sido escrito por João), o mesmo João que fez várias referências ao anticristo em suas cartas. Se João pensasse que o anticristo fosse a besta, era de se esperar que ele fizesse referência ao termo no Apocalipse.      

Declaração

   “Segue abaixo as perguntas

1. Será que os que habitavam na terra antes da destruição de Jerusalém se maravilharam com Nero se recuperando de uma ferida mortal (Apocalipse 13:3)?”[9]

Refutação

   As sete cabeças da besta referem-se a sete imperadores romanos. Uma vez que essas cabeças são reis, um dos reis teria sido golpeado de morte. Quando uma cabeça foi golpeada de morte é certo que o poder perseguidor contra os cristãos vindo daquele determinado imperador, temporariamente põe fim a perseguição. Mas, quando surge outro rei perseguidor, seria como a cura da ferida da besta cuja força perseguidora surgiria com grande intensidade, como se fosse a ressurreição da cabeça opressora.

   Se pensarmos que Nero foi uma dessas cabeças golpeadas, é fato que o Império romano esteve próximo da destruição, pois o Império esteve jogado em “convulsões violentas de guerra civil e anarquia, em que três imperadores sucederam um ao outro dentro de um ano. Os historiadores consideram surpreendente que o império foi estabilizado e sobreviveu a este período que poderia facilmente ter significado o fim da regra imperial. Foi com a chegada ao poder de Vespasiano que essa ferida fatal do império foi curada (13:3) e o império continuou...”.[10]

   A mente literalista moderna quer que a besta tenha morrido e ressuscitado literalmente e que aplausos ao suposto milagre seja televisionado para o mundo inteiro. Aliás, o articulista errou ao dizer que os habitantes da terra “se maravilharam com Nero se recuperando de uma ferida mortal”. Não foi Nero quem se recuperou, mas, sim, o Império romano. E Roma não seria elogiada pelo seu poderio e capacidade de recuperação?

Declaração

“2. Será que Nero, ou qualquer anticristo romano, teve um falso profeta com dois chifres como um cordeiro (Ap 13:11, 12), fazendo com que todo o mundo o adorasse?”[11]

Refutação

   É interessante como o intérprete moderno quer um cumprimento extremamente literal da profecia. Até dá a impressão de que Roma OFICIALMENTE teria que ter um falso profeta. Ora, o falso profeta de acordo com Apocalipse 13 (que é o que sobe da “terra” de Israel), fez com que Roma e seus imperadores fossem adorados pelo povo judeu.
   
   Os judeus cumpriram essa adoração quando disseram:

   “Eles, porém, clamavam: Fora! Fora! Crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Hei de crucificar o vosso rei? Responderam os principais sacerdotes: Não temos rei, senão César!”
                                                      (João 19:15 – o grifo é meu)

   Desde então, os judeus junto com Roma, perseguiram todos quantos eram fiéis de Cristo.

Declaração

“3. Será que Nero tem um falso profeta, que produziu um espetáculo cósmico fazendo fogo cair “do céu à terra, à vista dos homens” (Apocalipse 13:13)?”[12]

Refutação

   Veja como o literalismo permeia a cabeça de nossos intérpretes. Na interpretação deles há o literalismo a respeito do fogo. Então, porque não há em relação a besta? Porque ela não poderia ser um animal de verdade, literal? Observe que o literalismo do articulista aqui em questão parece ser apenas seletivo, ou seja, aquilo que lhe interessa é literal (como o caso do fogo caindo do céu).

   O que acontece é que João, no Apocalipse, faz muitas alusões à exemplos do Antigo Testamento. Portanto, o fogo caindo do céu à terra é uma alusão ao profeta Elias (2º Reis 1:10-12). Elias fez milagres verdadeiros vindos da parte de Deus, o falso profeta em apocalipse faz os milagres da mentira. O Senhor Jesus Cristo em seu sermão profético garantiu que ainda naquela geração dos primeiros discípulos haveria sinais e prodígios da parte de falsos profetas:

   “...porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos”.
                                                                            (Mateus 24:24, 34)

   O falso profeta (Israel) representado por sua cúpula religiosa conseguiu seduzir a nação contra Cristo e contra os primeiros cristãos. Isto podemos chamar de sedução, de falso milagre se for o caso, pois diante dos milagres tão espantosos e de todo bem que Jesus fez entre eles (dos quais nenhum outro profeta fez), é de se admirar que no final das contas eles proclamaram a frase: “Não temos rei, senão César!”   

Declaração
 
   “4. Será que Nero teve um falso profeta, que fez uma estátua do próprio Nero para todo o mundo adorar, fazendo-a falar, a fim de enganar o mundo inteiro a adorar o imperador (Apocalipse 13:15)?”[13]

Refutação

    É importante sempre lembrar que os falsos profetas fazem sinais e prodígios da mentira. Eles usam de engano. Por isto, Paulo escreveu que naqueles dias iria aparecer o homem iníquo “segundo a eficácia de Satanás com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça” (2ª Tessalonicenses 2.9-12). Se for o caso de usar a história como comprovação, não é de se admirar que houve naquela época muito engano. Num tempo passado muito mais remoto dos tempos da igreja primitiva, os magos do Egito foram capazes de transformar varas em serpentes:

   “Faraó também mandou vir os sábios e encantadores; e eles, os magos do Egito, também fizeram o mesmo com os seus encantamentos. Pois cada um deles lançou a sua vara, e elas se tornaram em serpentes; mas a vara de Arão tragou as varas deles”.
                                                                               (Êxodo 7:11-12) 

   Essas evidências bíblicas desmentem os atuais intérpretes do Apocalipse que dizem que seria necessário um futuro altamente tecnológico para o cumprimento de Apocalipse 13. Citei os exemplos acima porque estou levando a questão da imagem que fala pelo lado literal. Todavia, a imagem da besta pode ser a imagem do imperador ou o desenho de sua cabeça sobre uma moeda, ou uma imagem pintada num tecido, um busto em metal ou pedra, uma estátua, qualquer coisa que as pessoas poderiam ser convidadas a curvar-se diante em adoração.
   A fraude religiosa naquela época era tão comum como hoje em dia. Os antigos eram conhecedores das artes mágicas e truques, e os usava a serviço do mal. O livro de Atos nos dá uma pequena amostra desse fenômeno em várias passagens:

   “Ora, estava ali certo homem chamado Simão, que vinha exercendo naquela cidade a arte mágica, fazendo pasmar o povo da Samária, e dizendo ser ele uma grande personagem; ao qual todos atendiam, desde o menor até o maior, dizendo: Este é o Poder de Deus que se chama Grande”.
                                                                                           (Atos 8.9-10)

   “Mas opunha-se-lhes Elimas, o mágico (porque assim se interpreta o seu nome), procurando afastar da fé o procônsul”.
                                                                                           (Atos 13.8)

   “Aconteceu que, indo nós para o lugar de oração, nos saiu ao encontro uma jovem possessa de espírito adivinhador, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores”.
                                                                                           (Atos 16.16)

   “Também muitos dos que haviam praticado artes mágicas, reunindo os seus livros, os queimaram diante de todos. Calculados os seus preços, achou-se que montavam a cinqüenta mil denários”.
                                                                                         (Atos 19.19)

   “A respeito de Simão, um dos pais da igreja chamado Clemente, diz que ele “era capaz de transmitir vida e movimento às estátuas”. Eusébio - outro pai da igreja - nos informa que “o inimigo da salvação engendrou um estratagema para conquistar para si a cidade imperial e levou até ali Simão (...) Com a ajuda de artifícios insidiosos, ele agregou a si muitos dos habitantes de Roma”.

   Eusébio cita a apologia de Justino Mártir endereçada ao imperador Antonino, onde se lê:

   “Após a ascensão de nosso Senhor ao céu, certos homens foram subornados por demônios como seus agentes e diziam serem deuses. Esses foram não somente tolerados, sem perseguição, como até considerados dignos de honra entre vós. Um deles foi Simão, certo samaritano da vila chamada Gitão. Este, no reinado de Cláudio César, ao realizar vários rituais mágicos pela operação de demônios, foi considerado deus em vossa cidade imperial de Roma e foi por vós honrado como um deus, com uma estátua entre as duas pontes no rio Tibre (numa ilha), tendo a subscrição em latim: Simoni Deo Sancto, ou seja, A Simão, o Santo Deus; e quase todos os samaritanos, também uns poucos de outras nações, o cultuam, confessando-o como o Deus Supremo”.[14]

Declaração

  “5. Será que Nero teve um falso profeta que impôs uma marca na testa e na mão de todo o mundo habitado da época ao ponto de que ninguém podia comprar ou vender (Apocalipse 13:16)?”[15]

Refutação

   Em primeiro lugar, a marca da besta no Apocalipse é uma paródia blasfema da marca de Deus em seus servos descrita em Apocalipse 7:1-3. Na história antiga, uma marca representava sinal de propriedade. O selo do diabo representa sua propriedade sobre seus servos. Por outro lado, o paralelo entre a marca da besta descrita em Apocalipse 13:16 e o que acontecia naquela época nas relações comerciais, é impressionante. A respeito de Apocalipse 13 o pastor Jonathan Welton comenta que “é importante notar que nas culturas romanas antigas, o mercado público era a principal fonte de trocas e compras. Para as pessoas entrarem no mercado público, tinham que passar pelo portão principal. Era requerido de todos que entrassem por esse portão, homenageassem o ídolo do Imperador. Uma vez que a homenagem fosse feita, cinzas eram passadas nas mãos ou na testa das pessoas e eles podiam entrar pelo portão e comprar e vender coisas. Isso era ter a marca. Os paralelos entre isso e a “marca da besta” são incríveis e isso também confirma a realidade que a besta eram Nero e o Império Romano”.[16]

Declaração

   “6. Será que as duas testemunhas transformaram água em sangue, atingiram toda a terra com a seca durante os 3 anos e meio da tribulação que precede o ano 70 dC? Será que Nero matou-os? Será que eles estavam mortos nas ruas de Jerusalém com todo o mundo presenciando a cena? Quando, imediatamente antes da queda de Jerusalém, pessoas de todo o mundo enviaram presentes uns aos outros por tão grande triunfo sobre estes homens? (Ap 11,3-10)”17
 
Refutação

   É impressionante como que em relação as duas testemunhas o articulista interpreta quase TUDO de maneira literal. O literalismo está presente em todos pontos do interesse do articulista. Veja você, leitor, que em relação a besta que surge do abismo para matar as duas testemunhas, a mesma não é vista como um monstro literal saindo de um enorme abismo profundo (Apocalipse 11:7). 

   Nosso articulista aqui refutado não aprendeu a interpretar o simbolismo apocalíptico adequadamente. Não consegue interpretar os símbolos do texto e o que eles escondem devido ao seu aprendizado errado. Por exemplo: Porque duas testemunhas? Porque duas ou três era o número de testemunhas que a lei de Moisés exigia para que fosse dada uma sentença:

   “Uma só testemunha não se levantará contra alguém por qualquer iniquidade ou por qualquer pecado, seja qual for que cometer; pelo depoimento de duas ou três testemunhas, se estabelecerá o fato”.
                                                                                     (Deuteronômio 19.15)

   No livro do Apocalipse quem está sendo condenado à morte é a nação de Israel. A cidade de Jerusalém não poderia ser condenada com uma só testemunha.

   No caso dos poderes sobrenaturais das duas testemunhas, o ministério delas é comparado ao de Moisés e Elias (1º Reis 17-18; Lucas 4:25; Êxodo 7).

   Sobre o ministério das duas testemunhas, David Chilton escreveu:

   “S. João fala das duas Testemunhas em termos das duas grandes testemunhas do Antigo Testamento, Moisés e Elias – a Lei e os Profetas. Se alguém pretende causar-lhes dano, sai fogo da sua boca e devora os inimigos. Em Números 16:35, saiu fogo do céu à palavra de Moisés e consumiu aos falsos adoradores que tinham se rebelado contra ele; e, similarmente, saiu fogo do céu e consumiu os inimigos de Elias quando ele pronunciou a palavra (2 Reis 1:9-12). Isso se torna um símbolo padrão para o poder da Palavra profética, como se o fogo saísse realmente das bocas das Testemunhas de Deus. Como o Senhor disse a Jeremias: “Eis que converterei em fogo as minhas palavras na tua boca e a este povo, em lenha, e eles serão consumidos” (Jr. 5:14).

   Estendendo a imagem, S. João diz que as Testemunhas tinham autoridade para fechar o céu, para que não chova durante os dias em que profetizarem, isto é, durante os mil duzentos e sessenta dias (três anos e meio) – a mesma duração da seca causada por Elias em 1 Reis 17 (veja Lucas 4:25; Tiago 5:17). Como Moisés (Ex. 7-13), as Testemunhas têm autoridade também sobre as águas, para convertê-las em sangue, bem como para ferir a terra com toda sorte de flagelos, tantas vezes quantas quiserem.

   Essas duas figuras proféticas apontam além de si mesmas, para o Grande Profeta, Jesus Cristo. A última mensagem do Antigo Testamento menciona as duas numa profecia sobre o Advento de Cristo: “Lembrai-vos da Lei de Moisés, meu servo... Eis que eu vos enviarei o profeta Elias...” (Malaquias 4:4-5). Malaquias continua e declara que o ministério de Elias seria recapitulado na vida de João o Batista (Ml. 4:5-6; cf. Mt. 11:14; 17:10-13; Lucas 1:15-17). Mas João, como Elias, era somente um Precursor, preparando o caminho para aquele que viria após ele, o Primogênito, que teria uma porção dobrada – ou melhor, sem medida – do Espírito (cf. Dt. 21:17; 2 Reis 2:9; João 3:27-34). E, como Moisés, João Batista foi sucedido por um Joshua, Jesus o Conquistador, que poria o povo do pacto em possessão de sua herança prometida. As duas Testemunhas, portanto, resumem todas as testemunhas do Antigo Pacto, culminando no testemunho de João”.[18]

   Sobre a parte da pergunta que diz:

   “Será que eles estavam mortos nas ruas de Jerusalém com todo o mundo presenciando a cena? Quando, imediatamente antes da queda de Jerusalém, pessoas de todo o mundo enviaram presentes uns aos outros por tão grande triunfo sobre estes homens? (Ap 11,3-10)”

   As duas testemunhas é uma representação em parábola da igreja de Cristo (a Lei e os Profetas desde o Antigo Testamento) e sua luta contra as perseguições. David Chilton diz que “com a morte das Testemunhas, sua voz de condenação é silenciada, e agora aqueles dentre os povos, tribos, línguas e nações consideram a própria Igreja como morta, mostrando abertamente seu desprezo pelo povo de Deus, cujos cadáveres permanecem na praça sem ser enterrados, sob uma maldição aparente, pois tais pessoas não permitem que esses cadáveres sejam sepultados (cf. 1 Reis 13:20-22; Jr. 8:1-2; 14:16; 16:3-4).

   [...]

   A ironia, contudo, é que agora são os que habitam na terra – os próprios judeus (cf. 3:10) – que se unem com as nações pagãs para oprimir os justos. Os apóstatas de Israel se alegram por causa deles, realizarão festas e enviarão presentes uns aos outros, porquanto esses dois profetas atormentaram os que moram sobre a terra (cf. a festa de Herodes, durante a qual João foi aprisionado e então decapitado: Mt. 14:3-12). O preço da paz do mundo era a aniquilação das Testemunhas proféticas; Israel e o mundo pagão se uniram em sua exultação perversa pela destruição dos profetas, cujo duplo testemunho fiel tinha atormentado aos desobedientes com a convicção de pecado, levando-os a cometer assassinato (cf. Gn. 4:3-8; 1 João 3:11-12; Atos 7:54-60). Os inimigos naturais foram reconciliados uns com os outros através de sua participação conjunta no assassinato dos profetas. Isso foi especialmente verdadeiro no assassinato deles de Cristo:

   “Naquele mesmo dia, Herodes e Pilatos se reconciliaram, pois, antes, viviam inimizados um com o outro” (Lucas 23:12).

   Na morte de Cristo, toda a classe de pessoas se regozijou e zombou: os governantes, os sacerdotes, as facções religiosas que competiam entre si, os soldados romanos, os servos, os criminosos; todos se uniram na celebração de sua morte (cf. Mt. 27:27-31, 39-44; Marcos 15:29-32; Lucas 22:63-65; 23:8-12, 35-39); todos se puseram ao lado da Besta contra o Cordeiro (João 19:15). A tentativa de destruir as Testemunhas parecia bem sucedida, não somente em silenciar profetas individuais, mas em abolir o Testemunho do próprio Pacto. A guerra progressiva contra a Palavra alcançou seu clímax com o assassinato de Cristo; esse foi o crime final que trouxe a destruição de Jerusalém. Moisés tinha instruído o povo de Israel sobre o Profeta vindouro, advertindo-os que eles seriam amaldiçoados se recusassem ouvi-lo (Dt. 18:15-19); o mártir Estevão citou essa profecia (Atos 7:37), e concluiu:

   “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis. Qual dos profetas vossos pais não perseguiram? Eles mataram os que anteriormente anunciavam a vinda do Justo, do qual vós agora vos tornastes traidores e assassinos!”
                                                                           (Atos 7:51-52)”[19]

   Em resumo, há muita coisa que eu poderia citar em relação as duas testemunhas. Há tratados inteiros do ponto de vista preterista. O que citei aqui é o necessário para mostrar o quanto os nossos articulistas não têm a mínima cautela na interpretação do Apocalipse. Nunca podemos esquecer que no Apocalipse estamos diante de um livro altamente simbólico.

Declaração

   “7. Será que um grande número de todas as tribos, e povos, e línguas, que ninguém podia contar, saíram da tribulação (Ap 7:9-17) que precedeu a destruição de Jerusalém em 70 dC?

   Um grande número de mártires, que são de todas as tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar, segundo a interpretação preterista, vieram da tribulação que houve antes da queda de Jerusalém. No entanto, o preterismo deve explicar o que um número incontável de pessoas de todas as tribos, povos e línguas estavam fazendo apertadas na cidade de Jerusalém, e porque foram ali martirizadas juntamente com os judeus em 70 dC. ”[20]

Refutação

   Em primeiro lugar é fato dentro e fora do Apocalipse que a Grande Tribulação ficou concentrada no cerco a Jerusalém. O evangelho de Lucas confirma isto:

   “Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que está próxima a sua devastação.
   Então, os que estiverem na Judeia, fujam para os montes; os que se encontrarem dentro da cidade, retirem-se; e os que estiverem nos campos, não entrem nela.
   Porque estes dias são de vingança, para se cumprir tudo o que está escrito.
   Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Porque haverá grande aflição na terra e ira contra este povo.
   Cairão a fio de espada e serão levados cativos para todas as nações; e, até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles”
.
                                                                             (Lucas 21:20-24)

   Também é fato que todo o Império romano sentiu as consequências, pois aqueles dias foram muito difíceis em todo o Império. Apocalipse 3:10 confirma isto quando o Senhor promete guardar a igreja de Filadélfia da tribulação que viria sobre o mundo inteiro, isto é, o Império romano, pois a palavra mundo ali é οἰκουμένη (oikoumene) palavra grega, que significa “terra habitada”, e não a palavra kosmos que seria uma referência a todo o Planeta Terra. Na época de João oikoumene era a palavra que designava o Império romano.

   Por fim, o texto de Lucas 21.25, 26 mostra o alerta de Jesus para todas as nações do Império romano quando disse que haveria “angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas” e também “homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados”.

   E para que não fique dúvidas de que isso aconteceu naqueles dias da igreja primitiva, mais à frente, em Lucas 21:32, o Senhor disse o seguinte:

   “Em verdade vos digo que não passará esta geração, sem que tudo isto aconteça”.

   “Esta geração” e não “aquela geração” caso fosse referência a uma geração futura, milhares de anos à frente da igreja primitiva. Naqueles dias da igreja primitiva os cristãos passaram por terríveis tribulações sendo perseguidos tanto por judeus como por Roma. Eles se recusaram adorar aos imperadores que se auto-intitulavam “deus”. 

Declaração

   “[...]

   8. Foi o anticristo,” que se opõe e se exalta acima de tudo que se chama Deus ou é objeto de adoração, de modo que se assentará, como Deus no templo de Deus, mostrando-se que ele é Deus”, destruído “pelo esplendor da sua vinda” (2 Ts, 2:4) em 70 dC?”[21]

Refutação

   Embora seja “um” anticristo ou uma coletividade de pessoas que possam ser chamadas de “o Anticristo”, o articulista errou ao trocar “homem da iniquidade” por anticristo. Enquanto ele interpreta para nosso futuro, o próprio texto de 2ª Tessalonicenses 2 desmente e mostra que o homem da iniquidade estava presente e vivo nos dias da igreja primitiva.

   Leia atentamente o texto a seguir e preste atenção nas palavras em negrito:

   “Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor.

   Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus.

   Não vos recordais de que, ainda convosco, eu costumava dizer-vos estas coisas?

  
E, AGORA, SABEIS O QUE O DETÉM, para que ele seja revelado somente em ocasião própria.

   Com efeito, o mistério da iniquidade
JÁ OPERA e aguarda somente que seja afastado aquele que AGORA O DETÉM...”.
                                         (2ª Tessalonicenses 2:1-7 – o grifo é meu)

   Aqui há três coisas faladas sobre o homem da iniquidade que desmente a ideia futurista:

1. “E, AGORA, SABEIS O QUE O DETÉM” – enquanto muitos em nossos dias procuram saber quem é esse homem da iniquidade, o apóstolo Paulo deixa claro que os tessalonicenses sabiam quem ele era, e naquele momento da igreja primitiva ("agora" para os tessalonicenses), ele estava sendo detido.

2. “...o mistério da iniquidade JÁ OPERA” – Esse mistério não vai operar em nosso futuro, já estava ativo nos dias de Paulo.

3. “...seja afastado aquele que AGORA O DETÉM” – pela terceira vez Paulo deixa claro que o homem da iniquidade era um contemporâneo da igreja primitiva.


 
   Diante de tais evidências, cai por terra a teoria de nosso articulista aqui refutado. Ou cremos nas Escrituras tais como elas são, ou cremos na palavra dos intérpretes que têm a cara de pau de mudar até o sentido das palavras. Eles são tão criativos que o “agora” e o “já opera” pode tomar outro significado só para garantir que se encaixe em sua teoria.

   E como fica o versículo da sequência? Vamos ler:

   “...então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda”.
                                              (1ª Tessalonicenses 2:8 – o grifo é meu)

   Que vinda é essa? Será que tudo o que se chama “vinda” necessariamente tem que ser a Segunda vinda de Cristo? É claro que não. Na introdução deste e-book no tópico “Esclarecimentos essenciais” já mostrei que a Escritura claramente ensina que há seis tipos de vinda de Cristo (assunto este que embora esteja claro é de desconhecimento geral dos cristãos). Não vou aqui entrar em detalhes sobre a questão do homem da iniquidade, pois como eu já disse, o objetivo deste e-book é mostrar as falácias de nossos intérpretes. Há bons materiais para pesquisa no final desta obra.

   A vinda em questão contra o homem da iniquidade é claramente uma vinda em julgamento, vinda esta muito comum nos escritos bíblicos (Apocalipse 2:5; Isaías 19:1; Joel 2:1, 2; 18:7-15; 104:3; Mateus 21:40-41, 43-46; Mateus 22:6-7).   
 
Declaração

   “… Vou esperar a resposta preterista…
   … SENTADO!”[22]

Refutação

   Esta é a presunção de nossos intérpretes modernos. Eles estão tão certos de suas “verdades” que refutam daquilo que não conhecem. Isto digo com conhecimento de causa, pois faz mais de cinco anos que exaustivamente vivo em torno de estudar o Preterismo e até hoje estou aprendendo mais porque o assunto é vastíssimo. Fico mais perplexo ainda quando vejo que ainda há muito material antigo e novo sobre o tema em forma de enciclopédias, dicionários e livros históricos escritos todos eles em inglês e, ainda tem cidadão aqui no Brasil que se acha o rei da interpretação bíblica.

 

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Este texto faz parte do e-book "Equívocos e Contradições do Preterismo?" que será lançado em breve.

Mais equívocos e contradições clique aqui
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* César Francisco Raymundo é editor da Revista Cristã Última Chamada.
Saiba mais sobre o autor clicando aqui

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Fonte:

1. Artigo: Lançados vivos no Lago de fogo
    Autor: A Franco
    Site: www.agrandecidade.com
    Acessado Terça-feira, 21 de Junho de 2016

2. Idem nº 1.

3. Idem nº 1.

4. Idem nº 1.

5. Idem nº 1.

6. Comentário Preterista sobre o Apocalipse, página 408.
    Autor: César Francisco Raymundo
    Site: www.revistacrista.org

7. Idem nº 1.

8. Idem nº 1.

9. Idem nº 1.

10. Idem nº 6, pg. 279.

11. Idem nº 1.

12. Idem nº 1.

13. Idem nº 1.

14. Idem nº 6, pg. 293.

15. Idem nº 1.

16. E-book: Sem Arrebatamento Secreto
       – Um Guia Otimista para o Fim do Mundo - pg. 126.
       Autor: Jonathan Welton
       Publicado pela Revista Cristã Última Chamada
       Site: www.revistacrista.org

17. Idem nº 1.

18. Artigo: As Duas Testemunhas Contra Jerusalém (Ap. 11:1-14)
      Autor: David Chilton
      Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
      Site: www.monergismo.com

19. Idem nº 18.

20. Idem nº 1.

21. Idem nº 1.

22. Idem nº 1.

 

 

 

 

Preterismo > Equívocos no Apocalipse
Lançados vivos no Lago de fogo

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Por César Francisco Raymundo*