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Declaração

   “Apresento aqui mais uma interpretação alternativa do sermão de Jesus sobre “esta geração”. A leitura é por demais interessante…

   Mateus 24:34 – Esta geração não passará até que todas estas coisas aconteçam.

   Se o prazo é a passagem da primeira geração, então, conclui o preterismo, todas as coisas que Jesus menciona no Sermão do Monte ocorreram até 70 dC de acordo com Mateus 24:34.

   Mateus 24:34, Marcos 13:30, Lucas 21:32 – “Esta geração não passará até que todas estas coisas aconteçam.”

   O preterismo insiste que esta geração é a audiência imediata de Jesus – os Apóstolos e o povo judeu da época. A chave para identificar qual geração, é o pronome “vós”, usado nos versos precedentes em todas as três passagens (Mateus 24:33, Marcos 13:29, Lucas 21:31)

   “Também vós, quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, mesmo às portas”[1]

Refutação

   Olha só que coisa interessante! O nosso articulista aqui refutado, se interessa pelo pronome “vós”, mas não se interessa pelo pronome demonstrativo próximo “esta”. Justamente por causa deste pronome a “geração” que veria o cumprimento do sermão profético foi a da igreja primitiva. Os intérpretes modernos simplesmente ignoram a gramática do texto!

Declaração

   “Que geração? A geração que vê todas as coisas acontecerem!

   Jesus faz uso de “vós” indicando que seria a geração do seu público imediato que não iria passar até que tudo se cumprisse? NÃO!

   O Transcendente “vós”

   Há muitas ocasiões na Bíblia em que Deus fala a uma audiência imediata, fisicamente presente, mas é na verdade um grupo maior de indivíduos que indica uma geração vindoura”.[2]

Refutação

   É bom que fique claro aos senhores intérpretes amadores, que o preterismo é uma ferramenta de hermenêutica, e como tal, leva em consideração TODAS as possibilidades interpretativas. Nós, os preteristas, além de analisar o uso de “vós” (que é a segunda pessoa do plural), também analisamos os pronomes demonstrativos e a gramática de um modo geral, bem como a língua grega.

   Se já não bastasse tudo isso, analisamos também o contexto histórico, a cultura e o pensamento judaico e tudo quanto pode ser usado na interpretação do texto, neste caso, o sermão profético de Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21. Se tem um pessoal que PRESTA ATENÇÃO AO TEXTO, estes são os preteristas!

Declaração

   “Exemplos [do uso de “vós”]:

   A Grande Comissão – Mateus 28:18-20 – “Ide, pois, e ensinai todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo: ensinando-os a observar todas as coisas que eu tenho ordenado: e eis que estou convosco sempre, até o fim do mundo”.
   Jesus estaria com eles até o fim do mundo? O mundo ainda não acabou, mas aquela geração dos discípulos já passou a dois milênios. Morreu todo mundo!

   O princípio de “vós e convosco” é um grande princípio sobre passagens proféticas, e muitas vezes dizem respeito às gerações que estarão vivendo as “últimas coisas”.

   No entanto, podemos ter uma ideia de como este princípio funciona mesmo, olhando para algumas afirmações centrais que definem a Nova Aliança como a Grande Comissão.  A igreja primitiva claramente aplica a Grande Comissão de Jesus a mais do que apenas aos homens fisicamente presentes nesse dia, mas incluindo as futuras gerações que ainda não tinham acreditado – 2 Timóteo 2:2, 4:2, Tito 1:5, 9”[3]

Refutação

   O uso por parte de Jesus da frase “estou convosco sempre, até o fim do mundo”, é em primeiro lugar, uma clara e inequívoca referência direta aqueles primeiros discípulos. De fato, e de verdade, Jesus esteve com eles até “o fim do mundo” - que no original grego é “consumação dos séculos”.

   Vou deixar a própria Bíblia provar o que estou falando, veja:

   “Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado”.
                                                   (1ª Coríntios 10:11 – o grifo é meu)

   “Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas, agora, na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo”.
                                                          (Hebreus 9:26 – o grifo é meu)

   Se algum intérprete espertinho ainda quiser criar caso, abaixo vai os dois textos citados direto da tradução interlinear grego-português da Sociedade Bíblica do Brasil:
 

............

   Se já não bastasse estes dois textos, todo o Novo Testamento é unânime ao dizer que os últimos dias haviam chegado ainda no primeiro século da era cristã, veja a seguir:

   “...conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós...”.
                                                    (1ª Pedro 1.20 – o grifo é meu)

   “Ora, o fim de todas as coisas está próximo; sede, portanto, criteriosos e sóbrios a bem das vossas orações”.
                                                (1ª Pedro 4.7 – o grifo é meu)

   “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo”.
                                                (Hebreus 1.1-2 – o grifo é meu)

   “Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora.
                                                 (1ª João 2.18 – o grifo é meu)

   O tempo do nascimento de Jesus Cristo marca a contagem regressiva para o fim da “era judaica” com seu templo e sacrifícios, evento este que ocorreu no ano 70 d.C. Essa foi a “consumação dos séculos”, a qual Jesus prometeu que estaria com seus discípulos enquanto eles pregavam e discipulavam as nações. Isto não quer dizer que estamos sobrando e que a boa nova ficou restrita ao primeiro século da era cristã. Devemos entender que existem princípios que são universais mesmo que a palavra “vós” esteja presente.

   Por exemplo, Jesus disse aos discípulos em João 15:12:

   “O meu mandamento é este: Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei”. (o grifo é meu)

   Obviamente por causa da palavra “vós”, o Senhor estava falando em primeiro lugar para aqueles discípulos. Mas, o amor não é algo que foi restrito somente a eles, pois este é universal e para todas as épocas:

   “Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”.
                                                                            (1ª João 4:8)

Declaração

   “O que dizer dos Santos do Velho Testamento que morreram sem terem recebido as promessas dirigidas por Deus a eles como o público original? Eles são elogiados por acreditar que as promessas viriam a passar e que Deus não era um mentiroso, mesmo que não veio a acontecer em suas vidas”.[4]
  
Refutação

   Sobre os santos do Antigo Testamento é digno de nota que eles mesmos eram conscientes de que muitas promessas não seriam cumpridas em seus dias:

  “Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra”.
                                                                 (Hebreus 11:13)  

Declaração

   Encontramos também em Deuteronômio 18:14-19 o termo “vós”, aqui empregado como referência a uma futura geração.

   “O Senhor teu Deus te levantará um profeta do meio de vós, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis; Conforme a tudo o que pediste ao Senhor teu Deus em Horebe, no dia da assembléia, dizendo: Não ouvirei mais a voz do Senhor teu Deus, nem mais verei este grande fogo, para que não morra. Então o Senhor me disse: Falaram bem naquilo que disseram. Eis lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar.  E será que qualquer que não ouvir as minhas palavras, que ele falar em meu nome, eu o requererei dele”.
   Moisés claramente fala de Jesus. Agora observem o que Jesus faria na geração de Moisés:

   “… e ele lhes falará…”

   Aqui acaba o preterismo!

   O pronome “vós” e semelhantes, são usados de maneira uniforme ao longo desta passagem. Moisés fala a seus contemporâneos usando “vós” para indicar que um profeta se levantará dentre eles. A mesma semelhança textual do Sermão do Monte, quando Jesus se dirige a sua audiência parecendo falar definitivamente para eles apenas”.[5]

Refutação

   Na verdade, aqui começa o preterismo! O articulista se equivocou sobre o uso da palavra “vós” por parte de Moisés. Deve ser tido em consideração que por causa da palavra “vós”, obviamente Moisés estava se dirigindo aos seus ouvintes originais. Até aqui tudo bem! O grande equívoco do articulista acontece quando escreveu sobre o uso do termo “vós” - “empregado como referência a uma futura geração”. Acontece que Moisés não disse em qual “geração” se levantaria Jesus. Ele não falou se essa geração seria vinte séculos depois ou não. Simplesmente ao usar a palavra “vós”, Moisés deixa claro que Jesus, o Grande profeta, sairia daquele povo. 

   O articulista ainda fala que há “semelhança textual do Sermão do Monte, quando Jesus se dirige a sua audiência parecendo falar definitivamente para eles apenas”. Na verdade, a semelhança existe só até o uso da palavra “vós”, pois, em meio ao discurso profético, o Senhor deixa claro sobre QUAL “geração” veria o cumprimento de suas profecias: “Em verdade vos digo que não passará ESTA GERAÇÃO sem que tudo isto aconteça”. (Mateus 24.34 – o grifo é meu)

   Neste caso, como profeta, o Senhor mostra ser muito superior à Moisés ao indicar até mesmo qual seria a “geração” que veria parte do Apocalipse.  

   Em termo dos pronomes demonstrativos empregados, a geração não era “AQUELA”, nem “ESSA”, mas simplesmente “ESTA”. Ao usar o pronome demonstrativo “esta” significa que a geração estava perto de Jesus e viva naquele exato momento. Eram seus contemporâneos que iriam passar pela grande tribulação e ver todos os sinais que a antecederiam.  

Declaração

   “Em João 1:21, 25 os judeus entenderam que aquele profeta que Moisés falou ainda não tinha chegado até mesmo por seu dia, e nem mesmo consideraram Moisés um falso profeta. Em Atos 3:19-26 Pedro indica que Jesus era o profeta de quem Moisés estava se referindo e que os contemporâneos de Pedro eram o “vós” que Moisés estava indicando em Deuteronômio 18:14-19. E em Atos 7:37 Estevão indica que Jesus era o profeta de quem Moisés estava se referindo e que os contemporâneos de Estevão eram o “vós” que Moisés estava indicando”.[6]

Refutação

   De maneira alguma o “vós” de Moisés eram os contemporâneos de Pedro ou de Estevão. O “vós” em Deuteronômio 18:14-19 era em primeiro lugar uma indicação clara e direta aos contemporâneos de Moisés, ou seja, a sua audiência que o estava ouvindo naquele momento. A referência era que o profeta prometido sairia daquele povo. Só para relembrar, Moisés não indicou sobre qual geração veria o nascimento deste profeta. 

Declaração

“[...]

   Moisés usa “vós” ao falar de seus contemporâneos para indicar uma geração da qual um Profeta surgiria centenas de anos depois. Da mesma forma Jesus, que é o Profeta comparado a Moisés, também usa “vós” ao falar de seus contemporâneos para indicar uma geração durante o qual as profecias seriam cumpridas, e cumpridas centenas de anos depois”.[7]

Refutação

   Aqui o articulista erra ao dizer que o Senhor Jesus indicou apenas “uma geração durante o qual as profecias seriam cumpridas”, pelo contrário, Ele indicou sobre QUAL geração veria o cumprimento profético. Ninguém pode fugir do fato de que o termo “esta geração” é o que mais aparece nos evangelhos e todas as vezes refere-se a geração dos discípulos.

Declaração

   “A chave para geração é a palavra “vós”, ou similares, depende da tradução. E de acordo com este princípio, “vós” pode ser usada para indicar alguém para além da audiência imediata, mesmo uma geração a nascer milhares de anos depois”.[8]

Refutação

   A chave para geração era sobre “qual” geração Jesus indicou. Se seria “esta”, “essa” ou “aquela”. O uso de vós sempre indica à audiência imediata e, no caso de significar uma audiência futura, o contexto deve favorecer, ou seja, deve haver dados suficientes para mostrar que além da audiência imediata, uma outra audiência também estaria envolvida nos acontecimentos proféticos. 

Declaração

   “Portanto, o Sermão do Monte não exige que qualquer ou todos os eventos profetizados nele tenham passado antes do primeiro século, na primeira geração de cristãos como os preteristas reclamam”.[9]

Refutação

   Esta é uma declaração terrivelmente absurda! Qualquer um que fizer uma análise do sermão profético - mesmo que superficial – notará que o mesmo possui profecias que se realizariam em um contexto judaico do primeiro século da era cristã. Aí está o motivo de muitos terem dificuldades de encaixar o sermão profético num futuro distante.

   Por isto, algumas perguntas são pertinentes:

   Como explicar, por exemplo, a preocupação do Senhor com as mulheres grávidas, para que a fuga delas não fosse no INVERNO ou em dia de SÁBADO (Mateus 24:19)? Como isso se aplica ao cumprimento moderno da profecia? Haveria na Jerusalém moderna a questão da dificuldade de fugir no sábado? Como deveria proceder o restante do mundo em face dessa profecia sobre as grávidas?

   Como explicar fora do primeiro século que a grande tribulação começa quando Jerusalém estivesse cercada de exércitos, e em seguida, o povo é levado cativo, uma vez que historicamente isso aconteceu no ano 70 d.C. (Lucas 21:20-24)?

   E as recomendações de Jesus sobre fugir para os montes, não voltar para a cidade etc.? Essas são recomendações restritas ao pequenino país de Israel e cabiam bem para a igreja primitiva, entretanto, como deve proceder o restante do mundo se essas profecias são para um futuro distante?

   Se era para uma audiência futura, porque Jesus adverte para que os discípulos “resolvam desde já que não vão ficar preocupados, antes da hora, com o que dirão para se defender” quando forem perseguidos (Lucas 21:14 - NTLH)?

   Como explicar além do primeiro século que os que passarem pela grande tribulação serão perseguidos e açoitados nas sinagogas (Lucas 21:12)?  

   Se a grande tribulação acontece no mundo inteiro e além do primeiro século da era cristã, como explicar a presença do imaginário judaico em que Sol, lua e estrelas perdem seu brilho simbolizando a queda de uma NAÇÃO como acontecia no Antigo Testamento? Como explicar além do primeiro século a ideia judaica de Jesus “vir nas nuvens” como sinal de julgamento contra uma nação, tal qual acontecia com as nações inimigas de Deus?

   Saiba o articulista que os preteristas não reclamam, mas prestam atenção extrema ao texto! Não usamos de argumentos superficiais, nem especulações.  

 

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Este texto faz parte do e-book "Equívocos e Contradições do Preterismo?" que será lançado em breve.

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* César Francisco Raymundo é editor da Revista Cristã Última Chamada.
   Saiba mais sobre o autor clicando aqui  

 

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Notas:

1. Artigo: Para qual geração Jesus falou?
    Autor: A Franco
   Site: https://agrandecidade.com/2012/09/18/para-qual-geracao-jesus-falou/
   Acessado 14 de julho de 2016

2. Idem nº 1.

3. Idem nº 1.

4. Idem nº 1.

5. Idem nº 1.

6. Idem nº 1.

7. Idem nº 1.

8. Idem nº 1.

9. Idem nº 1.

 

 

 

 

 

 

Preterismo > Equívocos no Apocalipse
Para qual geração Jesus falou?

O equívoco na interpretação
da palavra "vós
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Por César Francisco Raymundo*