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Heresias do Preterismo Completo
(Parte 2):
Falácias,
Objeções e Equívocos
do Preterismo Completo
Por César
Francisco Raymundo[1]
_____________
...Neste artigo final sobre o preterismo completo, vamos analisar algumas falácias, equívocos e objeções do mesmo. Vamos começar pelo uso da palavra grega mellw (mello). Observe a declaração dos preteristas completos sobre essa palavra:
...“O Verbo grego mello [...] é um verbo de extrema
iminência no Novo Testamento que é melhor traduzido como “prestes
a ser”. Entretanto, as traduções Inglesas da Bíblia
(assim como as portuguesas) encobrem essa iminência em conjunto com
eventos escatológicos”.[1] (o grifo é meu)
...Confesso que me causou grande mal estar a primeira vez que li esta declaração.
Não porque talvez haja algum fundo de verdade sobre a mesma, mas porque
me soou muito leviana a idéia de que “as traduções
Inglesas da Bíblia (assim como as portuguesas) encobrem” o real
significado do verbo grego mello em conjunto com textos escatológicos.
A palavra “encobrir” me deu a entender que os tradutores da Bíblia
voluntariamente, seja por maldade ou conspiração, esconderam
a verdade do povo. E pior, nestes dois mil anos de história isto teria
acontecido frequentemente, haja vista que só o preterismo completo -
com seus apenas trinta anos de existência - veio a público denunciar
essas supostas traduções erradas.
...Pois bem, vou mostrar a seguir o que os preteristas completos
não
mostraram a respeito do verbo grego mello. Que o leitor julgue se eles
apenas se esqueceram de mostrar o outro lado da moeda, ou se omitiram por
maldade para assim enganar.
...Uma das passagens em que o verbo grego mello é usado está Atos
24.15 que diz: “...tendo esperança em Deus, como também estes
a têm, de que haverá ressurreição, tanto de justos
como de injustos”. Você consegue ver a ressurreição
dos mortos perto da época dos discípulos neste versículo?
Se não, saiba, que os preteristas completos conseguiram e ainda dizem
que as traduções enconbrem isto. Sobre essa passagem de Atos, veja
a seguir a excelente e devastadora refutação do pastor Brian Schwertley:
...“Nesta passagem, o grego do Texto Receptus está assim: “anastasin
mellein esesthai nekron”. O preterista completo vai argumentar que
a palavra mellein (de Mello) esesthai deve ser traduzida literalmente como “estar
prestes a ser”.
...Se fosse verdade que a palavra grega mello sempre ensinou a iminência,
então o preterista completo poderia argumentar que Lucas, Paulo, Pedro
e o autor de Hebreus genuinamente acreditavam e ensinavam sob inspiração
divina que a segunda vinda de Cristo, a ressurreição e o julgamento
final estavam prestes a acontecer. Eles eram eventos prestes a acontecer. Depois
de olhar para o modo desajeitado, desleixado em que os preteristas completos
torcem as passagens da segunda vinda, poderíamos dizer que os indicadores
de tempo são a base do seu sistema e servem como eixo de toda a sua
argumentação principal. Consequentemente, temos de fazer uma
pergunta crucial. É verdade que sempre a palavra grega mello ensina
ou implica em iminência? O simples fato da questão é que
o seu argumento central é completamente falso. Assim, a ressurreição
dos mortos não é algo que estava prestes a acontecer. Não
era um evento que é historicamente próximo do período
apostólico e não muito longe. O verbo Mello, que dizem que sempre
ensina iminência, é encontrado em outras passagens que falam de
eventos relacionados com a segunda vinda de Cristo, como Romanos 8.18: “a
glória a ser revelada em nós”.
Conclusão:
...O preterismo completo ensina que cada passagem da Escritura
sobre a Segunda vinda de Cristo e a ressurreição ocorreram no ano 70 d.C. Por
isto, segundo Brian Schwertley “esta hipótese obriga-os a tratar
cada única passagem sobre a ressurreição do corpo em toda
a Bíblia como metafórica [...]. Assim eles ignoram ou redefinem
o significado de palavras simples, sem qualquer justificação
exegética no contexto imediato (por exemplo: túmulos, o corpo
mortal, descer do céu, o ar, os que dormem, os que morreram em Cristo,
ressuscitarão incorruptíveis, alterado, transformado, etc). Passagens
que são didáticas e não-metafóricas são
tratadas como sendo difíceis e de maneira esotérica. Isto explica
porque sua literatura ignora o corpo muito grande de erudição
cristã ortodoxa, e seu estudo e exposição sobre as passagens
em questão. Devemos acreditar que, de todos os acadêmicos, pastores
e cristãos desde os pais da igreja do primeiro século até o
século XIX, nem um sequer viu a verdade sobre a escatologia? Eu desafio
todos os preteristas completos para mostrar cinco autores cristãos antes
do século XIX, que acreditavam que a segunda vinda de Cristo ocorreu
no ano 70 d.C.
...Quando o claro ensino de uma passagem contradiz a sua teologia, eles usam uma
passagem alheia para explicá-la (por exemplo, Mateus 24 é sobreposta
a 1ª Tessalonicenses 4:13-18 e, portanto, o fato de que Paulo está discutindo
uma literal ressurreição, com descida de Cristo e reunião
dos santos no ar é ignorada ou explicada).
...Eles são muito hábeis em encontrar um significado específico
de uma palavra (por exemplo: o corpo, o ar, etc) em um contexto que concorda
com a sua escatologia e depois arbitrariamente aplica-os em contextos onde é obviamente
inadequada (por exemplo: em 1ª Coríntios 6:13ss. a palavra "corpo",
que claramente se refere ao corpo físico [cf. 1ª Coríntios.
6:15, 16, 18 ], dizem ser o corpo do pecado [ou seja, a natureza pecaminosa]
ou Israel como uma entidade corporativa. Em 1ª Tessalonicenses 4:17 a
palavra ar [aer] dizem que é o espírito do homem, ou reino do
espírito, porque Satanás é o principal poder do ar [Ef.
2:2]. Se é assim perguntamos: Porque é que os cristãos
mortos que já estão na presença de Cristo no céu
irão para encontrá-lo em um reino espiritual ou nos ares?).
...“Devemos
acreditar que, de todos os acadêmicos, pastores e cristãos
desde os pais da igreja do primeiro século até o século
XIX, nem um sequer viu a verdade sobre a escatologia? Eu desafio todos os
preteristas completos para mostrar cinco autores cristãos antes do
século XIX, que acreditavam que a segunda vinda de Cristo ocorreu
no ano 70 d.C.
“As Escrituras que descrevem a ressurreição do corpo são simples passagens didáticas. É por isso que a Igreja sempre concordou entre sí sobre a ressurreição corporal dos crentes. Somente quando o preterista completo interpreta essas passagens, aprendemos que elas são excepcionalmente difíceis, metafóricas e esotéricas.
.................................................. Ver
parte 1 desta série de artigos clique
aqui
_________________________
Notas:
1. Preterismo 101. Fonte: Living the question, (Inspirado no artigo Preterismo 101
.. de David A. Green).
.. Tradução e Adaptação: Tiago Alves2. Ebook: Refutando o Preterismo Completo.
... Autor: César Francisco Raymundo.
....Site: www.revistacrista.org3. Idem nº 2.