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Quando a esperança da ressurreição é eliminada da vida do cristão

O neosaduceísmo no Preterismo
Por César Francisco Raymundo*
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   O assunto que trato neste artigo é de desconhecimento da maioria esmagadora dos evangélicos, mas, no entanto, prevendo a tragédia doutrinária que virá nos próximos anos, deixo pronto este artigo que será muitissímo esclarecedor. Digo esclarecedor porque os argumentos heréticos contra a ressurreição geral em nosso futuro foram feitos por eruditos bíblicos e, justamente por isto, o poder da enganação é fatal.

   No subtítulo deste artigo usei a frase: “o neosaduceísmo no Preterismo”. O Preterismo Parcial é bíblico e ortodoxo. Foi e tem sido atualmente defendido por milhares de cristãos piedosos. O Preterismo é apenas uma ferramenta de interpretação que se baseia nas frases “em breve”, “próximo” e “às portas” – todas elas encontradas no Novo Testamento. Justamente por causa dessas frases é que no sistema preterista parcial se crê que a maioria das profecias do livro de Apocalipse e de todo o Sermão Profético de Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21 foram cumpridas nos tempos da Igreja primitiva – e mais especificamente na queda de Jerusalém no ano 70 d.C.

   Há algumas passagens que falam especificamente da Segunda Vinda de Cristo, tais como João 5:28-29; João 6:39-44, 54, Atos 1:9-11; Atos 24:14-15, Romanos 8:20-23, 1ª Coríntios 15:20-28, 51-55, 1ª Tessaloninceses 4:13-17, Filipenses 3:20,21, Hebreus 9:27-28, 2ª Timóteo 4:1 e Tito 2:13.

   Todas essas passagens não contêm indicadores de tempo e, por isto, não é possível saber se a vinda de Cristo está perto ou distante – algo bem diferente daquelas passagens que pelo seu contexto dizem que a vinda de Cristo em juízo contra Jerusalém estava “próxima” ou mesmo “às portas”. É importante acrescentar que a esperança da ressurreição está sempre associada a essas passagens sobre a Segunda Vinda de Cristo. Sendo assim, um preterista parcial crê que o Reino de Deus há de avançar pelo mundo até a Segunda Vinda de Cristo, a qual trará a ressurreição dos mortos e a restauração final de tudo.

   Uma vez estabelecida essa base, o que chamo à atenção do leitor neste momento é a respeito do Preterismo Completo, o qual também é conhecido como Hiperpreterismo, Escatologia Realizada, Escatologia Plena e Escatologia Consumada. Esse tipo de Preterismo é algo muito recente na história da Igreja, tendo surgido mais ou menos umas cinco décadas atrás. O Preterismo Completo, apesar de já estar dividido em dezoito pontos de vista, tradicionalmente ensina que TODAS, sim exatamente isto, TODAS as profecias bíblicas, sem exceção, se cumpriram no ano 70 d.C. - quando ocorreu o cerco romano a Jerusalém. A ressurreição dos mortos, o Juízo final e o arrebatamento dos vivos estariam todos cumpridos conforme essa linha de pensamento.

   A base dessas interpretações bizarras é o livro de J. Stuart Russell, intitulado The Parousia, que foi escrito no final de 1800. Esse livro tem sido uma espécie de "Bíblia" para os adeptos do Preterismo Completo. A diferença entre esse livro e o moderno Preterismo Completo é que Russel afirma que ainda existem algumas profecias não cumpridas. Embora o livro de Russel diga que no ano 70 d.C. houve um arrebatamento, sendo este a remoção literal dos cristãos, e os mortos foram ressuscitados literalmente, tendo seus corpos corruptíveis transformados em incorruptíveis, fica o caso que a ressurreição e a Segunda Vinda de Cristo são eventos passados, algo este semelhante ao ensino do Preterismo Completo. Eu também achava que Russel era um preterista completo, mas o fato é que ele deixa o futuro em aberto para cumprimento de profecias, pois em seu “futurismo” ele permite a continuação da revelação divina. Este foi seu grande erro!

   Mas o que acontece com aqueles cristãos que morrem depois do ano 70 d.C.? Qual a resposta do Preterismo Completo e do sistema de interpretação de Russel? A solução para esse problema é uma ressurreição progressiva. Cada cristão que morre desde o ano 70 d.C. recebe um corpo celestial após a morte. Portanto, não há um “último dia” em que ocorrerá uma ressurreição geral dos santos. Tanto para Russel como para os preteristas completos o “último dia” foi o dia da destruição de Jerusalém no ano 70 d.C., sendo este o fim do mundo judaico.    

   É a partir deste ponto que começo a refutar a semelhante posição de Russel com a dos preteristas completos. Vamos começar pela questão do “último dia”.

“Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.
Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia”.
                                                                               (João 6:40, 44)

   Tanto os preteristas completos como Russel, usam esse verso para ensinar que o “último dia” estava em algum ponto do ano 70 d.C. Mas se isto for verdade, essa ideia de um “último dia” fixo dentro do ano 70 d.C. não procede; uma vez que se defenda uma ressurreição progressiva pós-ano 70 d.C. Porque a promessa clara do Senhor é que “eu o ressuscitarei no último dia”. Agora, se o “último dia” também pode ser o último dia de qualquer cristão que irá nascer neste mundo, então a ideia de um “último dia” fixo dentro do ano 70 d.C. é falsa.

   Outro detalhe importante de João 6:40, 44 é a questão dos eleitos de Deus. No sistema do Preterismo Completo, mais especificamente, se diz que a procriação humana será infinita - porque este mundo de pecado e morte e o Reino de Deus nunca terminarão. O problema é que praticamente todos os teólogos, incluindo calvinistas e arminianistas, entenderam esse versículo como que ensinando que Deus conhece todos os seus eleitos. Uma vez que Deus conhece exatamente todos os que são dEle, esse número não pode ser infinito ou um número cada vez maior que só aumenta todos os dias.

   A palavras “todos” obrigatoriamente está contida em um contexto de mundo em que há um começo e um fim. Se o “último dia” foi um dia dentro do ano 70 d.C., então o número dos eleitos já se completou. Por outro lado, se pensarmos em um número infinitamente crescente de eleitos que Deus conhece e, ao mesmo tempo, dizer que Ele os conhece a todos – então temos uma contradição lógica. Isto não seria um paradoxo, mas uma contradição clara.

   Uma vez que Deus conhece todos os que são Seus, também afirmado em 2ª Timóteo 2:19, então a Confissão de Westminster está certa quando afirma que o conhecimento de Deus acerca daqueles que são salvos é um número “tão certo e definitivo que não pode ser aumentado ou diminuído” (III.4). Uma vez que para que haja história tem que haver pessoas, e o número dos eleitos tem limite, não sendo um número infinitamente crescente, podemos seguramente afirmar que a história deve terminar.

   E as Escrituras Sagradas são claras quando diz que há um princípio e um fim neste mundo. Em Eclesiastes 3:11 afirma que:

   “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim.


   Isaías 41:4 acrescenta:


   “Quem fez e executou tudo isso? Aquele que desde o princípio tem chamado as gerações à existência, eu, o Senhor, o primeiro, e com os últimos eu mesmo.

   A Nova Tradução na Linguagem de Hoje é mais esclarecedora ainda sobre o texto acima:

“Quem planejou isso e fez com que tudo acontecesse?
Quem resolveu o que se passaria no mundo desde o princípio?
Fui eu, o Senhor, que estava lá quando tudo começou e que lá estarei quando tudo terminar”.

   Portanto, uma vez que teremos eleitos de Deus nascendo pelos próximos anos, todos eles terão em seu futuro a promessa: “e eu o ressuscitarei no último dia”. E sabemos que Deus estará lá “quando tudo terminar”, conforme a revelação dada ao profeta Isaías. Sendo assim, haverá o dia em que chegará o fim da história humana com suas tragédias e pecados e a revelação dos filhos de Deus na ressurreição final. É por isto que a Igreja esteve nestes dois mil anos de Fé Cristã corretissíma quando nos credos diz: “Donde há de vir a julgar os vivos e os mortos”.  

   Há muitos outros textos bíblicos que podem arrasar com o ensino de Russel e do Preterismo Completo sobre a ressurreição final, mas essa questão dos eleitos achei muito interessante para compartilhar com os meus leitores.

   Tanto o ensino de Russel como o do Preterismo Completo, tiram do cristão a esperança da restauração final de tudo. É também uma escatologia pessimista a que eles defendem.

 

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* César Francisco Raymundo é editor da Revista Cristã Última Chamada.
Site: www.revistacrista.org
E-mail: ultimachamada@bol.com.br