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   Os que tentam refutar o Preterismo, argumentam que a Grande Tribulação não poderia ter sido a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C., pois o Juízo Final e a Segunda Vinda de Cristo serão eventos universais. Tal argumentação não diferencia a “vinda” de Cristo em julgamento no ano 70 d.C.  da Segunda Vinda do último dia. A grande questão que causa dúvidas não é a distinção entre essas duas “vindas” de Cristo, mas o que a Grande Tribulação local em Jerusalém iria interferir na vida de outros cristãos que moravam longe de Jerusalém, uma vez que a Bíblia exorta outros cristãos gentios. O que uma Grande Tribulação localizada em Jerusalém iria influenciar na vida dos tessalonicenses, por exemplo?   

   Um dos textos usados nesta disputa contra o Preterismo é Atos 17:31, no qual, o Apóstolo Paulo disse que Deus “estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça”. A palavra grega para "mundo" nesse contexto é oikoumene, que significa “terra habitada”, palavra esta que designava o Império Romano. Os críticos do Preterismo argumentam que os atenienses (e outros gentios do mundo romano) nada sabiam sobre a futura destruição de Jerusalém e, por causa disto, poderiam ter se importado menos sem precisarem ser vigilantes. É estranho que se use esse tipo de argumento para provar que Mateus 24 não discute a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C.

   O fato de que a maioria do mundo romano não conhecia o futuro evento da Grande Tribulação em Jerusalém e, também o fato de que eles não teriam se importado de qualquer maneira com um evento localizado, não prova nada contra a interpretação preterista, uma vez que poderíamos argumentar também que a crucificação, morte e ressurreição de Jesus foi de pouco valor por ter acontecido localizadamente, num país chamado Israel, e pior, menos pessoas ainda sabiam de tais eventos enquanto a igreja começava a crescer nos primeiros dias da igreja primitiva. Portanto, os gentios do mundo romano sabiam tanto menos da história de Jesus do que da futura destruição de Jerusalém. E nem por isto a história de Cristo deixa de ter influencias universais até hoje!

Tenha um olhar mais atento!

   Precisamos entender que, para os judeus, a destruição de Jerusalém não era considerada apenas como um evento localizado, mas tinha implicações cósmicas e eternas. A cidade de Jerusalém e seu Templo para o judaísmo era o centro do mundo, enquanto que os demais países eram considerados como os “confins da terra”. O judeus acreditavam que se Jerusalém se encontrava em paz, era sinal de que tudo estava bem com a criação e seu relacionamento com seu Deus (Salmos 41:11). A queda da cidade de Jerusalém e a destruição de seu Templo significava que a relação com Deus havia sido cortada (Confira o livro de Lamentações).

   O Senhor Jesus Cristo desmente a ideia de que a Grande Tribulação localizada em Jerusalém não teria influência na vida de outros países ao redor, ou mesmo longe de Israel.  Quando profetizou o fim do Templo, Ele disse que antes de sua queda a mensagem do evangelho do Reino seria pregada “por todo o mundo” (oikoumene) "para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim" (Mateus 24:14). Se o evento da Grande Tribulação não tivesse influencia em todo o Império Romano, por que seria pregado em Atenas, Roma, Corinto, Espanha etc.? É interessante que o uso da palavra grega oikoumene para “mundo” em Mateus 24:14, é a mesma usada por Paulo em Atos 17:31. Isto indica que claramente a mensagem da queda de Jerusalém seria conhecida por todos ao redor e teria implicações em suas vidas.

   O Sermão profético descrito em Mateus 24 é também falado na passagem paralela de Lucas 21. O evangelho de Lucas é bem mais claro e direto sobre a questão da localidade da Grande Tribulação. No versículo 25, o Senhor Jesus descreve que na queda de Jerusalém, haveria “sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados” (Lucas 21:25-26).

   Temos nessas declarações de Jesus que o mesmo mundo que ouviria as advertências do julgamento sobre Jerusalém, seria também o mesmo mundo que seria julgado em Atos 17:31. Sendo assim, o mundo romano estaria em grande angústia no momento da queda de Jerusalém. O texto de Apocalipse 3:10 confirma a mesma ideia quando Jesus promete a igreja de Filadélfia (igreja longe de Jerusalém), que “eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra”. A palavra "mundo", mais uma vez, é oikoumene. É interessante que ao mesmo tempo em que a provação viria sobre o "mundo inteiro", em paralelo, viria “para experimentar os que habitam sobre a terra”, sendo esta frase uma referência a “terra de Israel”.

Um iminente julgamento Universal!

   Argumentar que o julgamento ocorrido na queda de Jerusalém não teve influência em todo o Império Romano, e que era desnecessário os cristãos de outras localidades estarem vigilantes, pois os eventos seriam longe deles, é ignorar várias passagens proféticas que colocaram o julgamento no contexto da geração do primeiro século.

   O Senhor prometeu em Mateus 16:27-28 que viria com os seus anjos, em glória, para recompensar cada um segundo as suas obras. O mais interessante é que alguns que estavam ali naquele momento ouvindo-o, não morreriam até que O viessem chegar. O texto de Apocalipse 22:12 corrobora com isto quando diz que “eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras”. Se não bastasse isto, temos no Novo Testamento perto de oitenta passagens "indicadoras de tempo", que mostram claramente que ainda naquela geração da igreja primitiva, o Senhor viria em julgamento para todo o mundo. A principal dessas passagens é Mateus 24:34 que diz:

   “Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça”.

   As passagens indicadoras de tempo no livro do Apocalipse deixam claro que o julgamento seria iminente nos dias de João. Observe a seguir:

   “Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que EM BREVE devem acontecer...”.
                                                           (João 1:1 – o grifo é meu)

   “Bem-aventurados aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, POIS O TEMPO ESTÁ PRÓXIMO”.
                                                          (João 1:1 – o grifo é meu)

   “Disse-me ainda: Estas palavras são fiéis e verdadeiras. O Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas, enviou seu anjo para mostrar aos seus servos as coisas que EM BREVE DEVEM ACONTECER.

   Eis que VENHO SEM DEMORA. Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro.

   Disse-me ainda: NÃO SELES as palavras da profecia deste livro, porque O TEMPO ESTÁ PRÓXIMO.

   E eis que VENHO SEM DEMORA, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras.

   Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, VENHO SEM DEMORA. Amém! Vem, Senhor Jesus!”
                               (Apocalipse 22:6-7, 10, 12, 20 – o grifo é meu)

Iminência na carta de Pedro   

   O apóstolo Pedro também acreditava que o julgamento estava próximo, ainda nos dias da igreja primitiva. Ele declarou que o Senhor Jesus estava "pronto para julgar os vivos e os mortos" (1ª Pedro 4:5) e, também declarou que "o fim de todas as coisas está próximo" (1ª Pedro 4:7). Pedro chega a declarar, no mesmo capítulo, que “a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus É CHEGADA; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?" (1ª Pedro 4:17 - o grifo é meu).

Iminência na carta de Tiago

   Na carta de Tiago também temos informações sobre a proximidade dos julgamentos. Tiago exortou seus primeiros leitores que o julgamento seria iminente:

   “Sede, pois, irmãos, pacientes, até À VINDA do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas.
   Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois A VINDA DO SENHOR ESTÁ PRÓXIMA.
   Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. Eis que O JUIZ ESTÁ ÀS PORTAS.”
                                                               (Tiago 5:7-9 – o grifo é meu)

Um Julgamento desde a Criação!

   Em Mateus 23:29-39 Jesus disse que ainda naquela geração cairia sobre Israel “todo o sangue justo derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abel até ao sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem matastes entre o santuário e o altar”. Essas palavras informam que na queda de Jerusalém, o sangue dos santos derramado através dos tempos antigos, deveria ser reivindicado e julgado (Compare com Lucas 18:1-8, Hebreus 11; Apocalipse 6:9). O julgamento do ano 70 d.C. foi "universal" o suficiente para ser uma imagem do que vai ser no dia do Juízo final, no último dia.

Os dias da igreja primitiva foram horríveis!

   Muitos acham que os dias da igreja primitiva foram dias saudosos e de paz. Mas, isto não condiz com a realidade histórica! Os cristãos de hoje absurdamente desconhecem os fatos que ocorreram naqueles dias.

   Sobre as guerras daquele tempo, cerca de cento e cinquenta páginas da obra do historiador judeu Flávio Josefo, estão manchadas com sangue na descrição da história desse período. “Os Anais de Tácito, por exemplo, que cobrem a história de 14 d.C. à morte de Nero em 68 d.C., descrevem o tumulto do período com fases intituladas “distúrbios na Alemanha”, “comoções na África”, “comoções na Trácia”, “insurreições na Gália”, “intriga entre os partos”, “guerra na Bretanha”, e “guerra na Armênia”. Guerras foram travadas de uma extremidade do império à outra. Tudo isso aconteceu durante a Pax Romana (paz romana)”.[1]

   Fora as guerras travadas, uma enxurrada de falsos cristos e falsos profetas apareceram naqueles dias. Boa parte do Novo Testamento é dedicada em relatar isto. Veja apenas alguns pequenos exemplos em Atos 5:36-37; 8:9-10; 1ª João 2:18; 4:1-3.

   Eventos sobrenaturais também foram presenciados em várias partes de Israel:

   "Um cometa, que tinha a forma de uma espada apareceu sobre Jerusalém, durante um ano inteiro".

   "Antes de começar a guerra, o povo reunira-se a oito de abril, para a festa da Páscoa, e pelas nove horas da noite, viu-se, durante uma meia hora, em redor do altar e do templo, uma luz tão forte que se teria pensado que era dia".

   "Durante essa mesma festa uma vaca que era levada para ser sacrificada, deu à luz, um cordeiro no meio do templo".

   "Um pouco depois da festa, a vinte e sete de maio aconteceu uma coisa que eu temeria relatar, de medo que a tomassem por uma fábula, se pessoas que também a viram, ainda não estivessem vivas e se as desgraças que se lhe seguiram não tivessem confirmado a sua veracidade. Antes do nascer do sol viram-se no ar, em toda aquela região, carros cheios de homens armados, atravessar as nuvens e espalharam-se pelas cidades, como para cercá-las".

   "Por volta da hora sexta da noite, o portão leste do Templo foi visto ser aberto sem ajuda humana". (Nota: este portão era de latão sólido e precisava de vinte homens para fechá-lo toda noite)

   "Na subsequente festa de pentecostes, enquanto os sacerdotes estavam indo, a noite, para dentro do santo dos santos, fazer suas ministrações de costume, primeiro sentiram, conforme contaram, um tremor, acompanhado por um pequeno indistinto murmurar e depois vozes, como de uma multidão, dizendo, de forma nítida e apressada, “vamos embora".[2]   

   Publius Cornelius Tacitus (55 à 120 d.C.), um romano daquele tempo, que não era cristão, nem Judeu e nem estava interessado em defender lado nenhum, escreveu:

   "Haviam acontecido vários prodígios em que esta nação, que é muito suscetível a superstições (mas que no entanto odiava todos os rituais religiosos) não considerou legítimo fazer a expiação através de ofertas e sacrificios.

   Haviam sido vistos exércitos participando de uma batalha nas nuvens, o fulminante brilho das armas, o templo iluminado por uma repentina radiação que vinha das nuvens.

   As portas do local sagrado interior foram subitamente abertas, e uma voz em um tom mais que mortal foi ouvida, e essa voz clamava que os deuses estavam indo embora.

   Na mesma hora, houve um poderoso movimento como de algo indo embora".[3]

   Além das guerras e eventos sobrenaturais, os historiadores também descreveram a revolta da natureza. O historiador romano Tácito descreve uma série de eventos no ano 65 d.C.:

   “Os deuses também marcaram com tempestades e doenças um ano vergonhoso por tantos crimes. Campanha foi devastada por um furacão… a fúria do qual se estendeu à vizinha da cidade, na qual uma pestilência violenta estava matando cada classe de seres humanos... casas ficavam cheias de corpos mortos, as ruas de funerais”.[4]

   O livro de Atos faz referência a uma tempestade descrita como “Euro-aquilão”, isto é, “um vento nordeste” (Atos 27:14). Lucas, o autor de Atos, diz que eles não viram o sol ou as estrelas “por muitos dias” (Atos 27:20). O navio finalmente encalhou onde ele foi “quebrado com a força das ondas” (Atos 27:41). Segundo Gary DeMar, um estudioso do assunto, “o fundo do Mar Mediterrâneo está cheio de navios que quebraram e afundaram por causa de tempestades”.[5]

Conclusão:

   Eu poderia continuar longamente, pois este assunto não esgota aqui em poucas linhas. Acredito que aqui foi demonstrado o suficiente sobre o fato de que os escritores do Novo Testamento acreditavam que o julgamento sobre Israel iria afetar o mundo inteiro ao seu redor. Apesar de deixar para trás as perseguições, creio que escrevi o suficiente para não termos dúvidas de como a vida cotidiana de cada cristão foi influenciada com o julgamento de Jerusalém. Se a gente começar a desenterrar a história dos tempos da igreja primitiva, veremos que não se trata dos saudosos e maravilhosos tempos bíblicos, pois os dias foram maus ((1ª Coríntios 7.1, 8, 29-31; Efésios 5:16).

   Saiba mais sobre esta escatologia otimista, acesse todo o conteúdo do site www.revistacrista.org

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* César Francisco Raymundo é editor da Revista Cristã Última Chamada.
   Saiba mais sobre o autor clicando aqui

 

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Notas:

1. Predições de Cristo. Revista Cristã Última Chamada.
    Dezembro de 2011
    Site: www.revistacrista.org

2. Livro: Guerra dos Judeus
    Autor: Flávio Josefo

3. LIVRO V, 70 dC (Publius Cornelius Tacitus 55 À 120 D.C.)
    Site: www.preteristarchive.com/Rome/
    Link: P. Cornelius Tacitus - Annals (109, 1904 Edition)
    Acessado dia 01/06/2015

4. George Edmundson, The Church in Rome in the First Century
    (London: Longmans, Green and Co., 1913), 143.

5. Aquecimento Global e Final dos Tempos: Existe Alguma Conexão?
    Autor: Gary DeMar
    Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
    Gary DeMar é o Presidente da American Vision
    Fonte: http://www.americanvision.org/

 

 

 

 

 

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Por César Francisco Raymundo*