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   "Será que em outra ocasião já houve tantos homens se apresentando como enviados de Deus como no período entre a morte de Herodes, o Grande, e a ruína de Jerusalém? Seguindo esses líderes, cada um procurava discernir os “sinais dos tempos”, aqueles mesmos que deviam preceder e acompanhar a vinda do Messias libertador. Um deles, Jesus de Nazaré, censurou seus contemporâneos por não saberem ler corretamente o que lhes era oferecido. “Ao entardecer dizeis: Vai fazer bom tempo, porque o céu está avermelhado; e de manhã: hoje teremos tempestade, porque o céu está de um vermelho sombrio. O aspecto do céu sabeis interpretar, mas os sinais dos tempos não podeis!” (Mt 16,2-3).
   Aos olhos de Josefo — que aqui discerne os sinais ulteriormente... —, as semanas e mesmo os anos que precederam a insurreição do ano 66 foram portadores de presságios divinos destinados a fazer o povo desistir de empreender uma guerra que não podia deixar de ser arrasadora; mas, da mesma forma como não se escutara Jeremias antes da destruição de 587 a.C., recusou-se a mensagem de certo Jesus, filho de Ananias, que começou a profetizar mais ou menos em 62 d.C".[1]

   "Este povo infeliz era, na ocasião, explorado por enganadores e indivíduos que mentirosamente se declaravam enviados de Deus, já que não prestava atenção nem fé aos prodígios que anunciavam a devastação que estava para vir: como se tivesse sido abalado por um trovão e se encontrasse privado de olhos e de entendimento, o povo não levava absolutamente em conta as advertências divinas. Assim transcorriam as coisas até que um astro com forma de sabre se posicionou em cima da cidade, quando um cometa persistiu em brilhar durante um ano; o mesmo aconteceu antes da revolta e do levante que levaram à guerra, quando, estando o povo reunido para a festa dos Ázimos, no dia oito do mês Xântico*, à nona hora da noite, uma luz tão intensa brilhou em torno do altar e do Santuário, que se pensava estar em pleno dia; e ela se prolongou por meia hora. Isso pareceu de bom presságio para os ignorantes, mas os especialistas nas santas Escrituras interpretaram o fato imediatamente de acordo com os acontecimentos futuros.

   Durante a mesma festa, uma vaca, trazida por alguém para o sacrifício, abateu um cordeiro bem no meio do Templo. Além disso, a porta oriental do pátio interior, que era de bronze e totalmente maciço, que vinte homens fechavam à noite com dificuldade, que estava solidamente fixada por meio de barras de madeira cercadas de ferro, que tinha ferrolhos profundamente presos no chão, que consistia de uma pedra de um só bloco, foi vista à sexta hora da noite abrir-se sozinha. Os guardas do Templo correram para anunciar a notícia a seu oficial, que subiu e só conseguiu fechá-la com grande esforço. Mais uma vez esse prodígio pareceu excelente aos profanos, pois pensavam que Deus lhes havia aberto a porta da felicidade, mas os doutos compreenderam que era a segurança do Templo que se havia desfeito por si mesma, que o fato de a porta ter-se aberto constituía ótimo presente para os inimigos, e consigo mesmos interpretaram esse presságio como anunciador da devastação.

   Poucos dias depois da festa, no dia vinte e um do mês de Artemísio*, uma aparição miraculosa foi percebida, ultrapassando os limites do crível; e o que vou relatar — pelo menos assim o penso — pareceria uma fanfarronada se já não houvesse sido contado por testemunhas oculares e se as desgraças que se seguiram não merecessem ser relacionadas com tais presságios. Com efeito, antes do pôr-do-sol, viram-se nos ares por todos os lugares em cima do país carros de guerra e falanges armadas lançando-se através das nuvens e cercando as cidades. Além disso, durante a festa chamada Pentecostes, os sacerdotes, ao entrarem à noite no pátio interior do Templo, como é seu hábito para o serviço do culto, perceberam, de acordo com o relato que fizeram, um abalo e um alarido e, depois, a voz de uma multidão que dizia: “Saiamos daqui!”

   No entanto, houve ainda um presságio mais espantoso do que esses: um certo Jesus, filho de Ananias, homem do povo e camponês, quatro anos* antes da guerra, quando a cidade gozava de paz profunda e da maior prosperidade, veio à festa durante a qual todos os judeus têm o costume de erguer tabernáculos a Deus. Bruscamente no Templo, ele se pôs a gritar: "Uma voz do oriente, uma voz do poente, uma voz vinda dos quatro ventos, uma voz contra Jerusalém e o Santuário, uma voz contra o esposo e a esposa, uma voz contra o povo inteiro!" Noite e dia, ele percorria todas as ruas gritando estas palavras. Alguns cidadãos de prestígio, exasperados com tais palavras de mau agouro, mandara-no prender e moer de pancadas. Ele, porém, sem uma palavra para se defender ou para se dirigir pessoalmente aos que nele batiam, não parava de gritar o que dissera anteriormente. Os magistrados, achando — no que tinham razão — que esse homem era movido por um impulso provavelmente sobrenatural, conduziram-no até o governador romano. Aí, ferido com os golpes de flagelo até os ossos, não fez uma súplica, não derramou uma lágrima, mas, dando à sua voz a inflexão mais lúgubre possível, respondia a cada golpe de flagelo: "Infelicidade para Jerusalém!”

   Albino, o governador, perguntou-lhe quem ele era, de onde provinha e por que pronunciava tais palavras; ele não respondeu absolutamente nada a estas perguntas, mas continuou repetindo sem interrupção seu canto fúnebre sobre a cidade; finalmente, Albino, considerando-o louco, mandou soltá-lo. E ele, durante o período que transcorreu até a guerra, não abordou nenhum de seus concidadãos, nunca foi visto tagarelando, mas todos os dias, como se fosse uma oração aprendida de cor, lançava ele seu canto de lamento: "Infelicidade para Jerusalém!" Ele não amaldiçoava os que lhe batiam todos os dias, assim como não bendizia os que lhe davam de comer: a todos sua única resposta era esse sinistro presságio. Era durante as festas que ele gritava mais forte e, repetindo tais palavras durante sete anos e cinco meses, ele não perdeu a voz nem se cansou, até o momento em que, durante o cerco, ao ver o seu presságio realizado, pôde descansar; com efeito, enquanto ele ia e vinha clamando, do alto da muralha, com uma voz cortante: "Ainda uma vez: infelicidade para a cidade, o povo e o Templo!", no momento em que ia acrescentar: "E infelicidade também para mim!", uma pedra atirada por uma balista atingiu-o e matou-o imediatamente: entregou sua alma, tendo ainda tais oráculos sobre os lábios.

   Se refletirmos sobre isso, veremos que Deus se preocupa com os homens e que faz conhecer antecipadamente à sua espécie, através de toda sorte de sinais, os meios de salvação; foi assim que os judeus, depois da destruição da Antônia, fizeram do Templo um quadrado, já que encontraram nos seus oráculos que a cidade e o santuário seriam tomados quando o Templo fosse transformado num quadrado. Mas o que mais os impeliu à guerra foi um oráculo ambíguo, encontrado igualmente nas suas Escrituras sagradas, que dizia que, nessa época, alguém vindo do país deles comandaria o universo. Receberam essa predição como referente a eles próprios, e muitos dos seus sábios se enganaram na sua interpretação; de fato, porém, o oráculo predizia a elevação de Vespasiano ao Império: Vespasiano foi proclamado imperador sobre o solo da Judéia. Infelizmente os homens não podem escapar a seu destino, mesmo quando o prevêem: os judeus interpretaram alguns oráculos no sentido que lhes agradava, não fizeram nenhum caso dos outros, até o momento em que ficaram convencidos de sua loucura pela conquista de sua pátria e por sua própria destruição".[2]

Conclusão:

   O historiador judeu Flávio Josefo foi testemunha ocular e participante do cerco e destruição de Jerusalém nos anos 66-70 d.C. Todas as suas palavras acima confirmam com exatidão o cumprimento das palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, as quais Ele proferiu em Mateus 23:1-39; 24:1-51; 25:1-46; Marcos 13, Lucas 17:22-37; 19:41-44; 21:5-36.

   Por isto, devemos saber ler os "sinais dos tempos" e entender que o mundo que Jesus disse que iria acabar, foi o mundo dos judeus do primeiro século da era cristã, o fim da Antiga Aliança e de seu Templo.

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* César Francisco Raymundo é editor da Revista Cristã Última Chamada.
   Saiba mais sobre o autor clicando aqui

 

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Notas:

1. Flávio Josefo - Uma testemunha do tempo dos apóstolos -, pg. 46.
    Documentos do mundo da Bíblia
    Editora Paulus

2. Idem nº 1.

 

 

 

 

Guerra VI,
288-315.

 

* 25 de abril de 66.

 

"O véu do Santuário se rasgou em duas partes, de cima a baixo, a terra tremeu e as rochas se fenderam"
(Mt 27,51).

"Ouvindo estas palavras, o oficial do Templo e os chefes dos sacerdotes ficaram perplexos a respeito deles" (At 5,25-26).

* 8 de junho de 66.

"Na minha visão, os cavalos e os cavaleiros tinham este aspecto"
(Ap 9,14-19).

 

* Outono de 62.

Como a de Jesus de Nazaré, a lamentação profética de Jesus, filho de Ananias, é bem esclarecida por Jeremias
(Jr 7,34).

"Ele não abre a boca" (Is 53,7).

"Vou mandar castigá-lo e soltá-lo" (Lc 23,16)

"Jesus nada mais respondeu"
(Mc 15,4-5).

 

 

 

 

 

 

 

 

Por exemplo, o oráculo de Balaão em Nm 15,19.

 

Esta interpretação, constante em Josefo, pode apoiar-se em Isaías 44,24 a 45,13, que apresenta o rei persa Ciro como o Messias escolhido por Deus.

 

 

 

 

 

 

Saber ler os "sinais dos tempos"
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Compilado por César Francisco Raymundo*