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...A seguir apresentaremos 7 especificações do corpo ressuscitado:

1 - Quando Jesus havia ressuscitado do túmulo, ele de fato possuía um corpo que permitiu que fosse tocado (Lucas 24:37-40);

2 - Neste corpo havia algo novo, diferente, e por isso no começo os discípulos tiveram dificuldade em reconhecê-lo (Mt 28:17-18; Mc 16:12; Lc 24:15-16; Jo 20:14-15). Estes textos nos dizem que algo nele havia mudado;

3 - Sem dúvida, ao mesmo tempo havia nele algo do corpo antigo, de maneira que os discípulos estavam convencidos "que era Ele". Jesus podia dizer-lhes: "Apalpai e verificai, que sou eu mesmo" (Lc 24:39). Os discípulos de Emaús o reconheceram quando Ele partiu o pão (Lc 24:30). E quando Ele disse a Maria Madalena a palavra "Maria", ela sabia imediatamente que era o Mestre, ela o reconheceu pela voz (João 19:14).

4 - Jesus trazia as chagas de sua morte. Ele mostrou os seus pés e as suas mãos aos seus discípulos (Lc 24:40) e também a Tomé (Jo 20:25 e 27).

5 - O Cristo ressuscitado de fato tinha necessidade de comer, como Ele fez diante dos seus discípulos? (Lc 24:41-43). Esta passagem não diz que Ele teve fome, mas Ele quis demonstrar de maneira palpável e compreensível a verdadeira presença do seu corpo. De acordo com I Co 15:44 é difícil imaginar que o Senhor, ou nós no futuro, ainda necessitemos de alimento material.

6 - Mesmo que o corpo de Jesus tenha sido uma realidade palpável, Ele tinha novas qualidades para nós inexplicáveis. Quando os discípulos de Emaús o reconheceram, Ele desapareceu diante deles (Lc 24:31). Duas vezes ele apareceu diante dos seus discípulos, mesmo que as portas estivessem fechadas por medo dos judeus (Jo 20:19-26). Jesus subiu ao céu diante dos seus discípulos, isto quer dizer que a força da gravidade não existia mais sobre Ele.

7 - Se Ele desafiou seus discípulos para tocá-lO, é para que não mais duvidassem, porque Ele disse a Maria: "Não me detenhas" (Jo 20:17). O Senhor se deixou ser tocado pelos discípulos a fim de provar-lhes a realidade da presença do seu corpo. Ele voltaria para o Pai, para se sentar à direita da Majestade divina. Logo em seguida, João, o discípulo a quem Jesus amava, vira o Filho do Homem na sua majestade novamente e caíra aos seus pés, como morto (Ap 1:17).

 

 

Fonte: Extraído do livro "O Além", de René Pache.