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1ª Tessalonicenses 4:13-14

"Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele".

   Não quero, porém, que sejais ignorantes. Não é provável que a esperança de uma ressurreição tivesse sido arrancada de entre os tessalonicenses por homens profanos, como havia acontecido em Corinto. Pois sabemos como ele corrige os coríntios com severidade; mas aqui, ele fala disto como algo que não era duvidoso. Contudo, é possível que esta persuasão não estivesse suficientemente fixada em suas mentes, e que, concordemente, ao lamentar os mortos, eles retivessem algo da antiga superstição. Pois a essência de tudo isto é que não devemos lamentar os mortos além dos limites adequados, porquanto todos devemos ressuscitar. Por que razão o choro dos incrédulos não tem fim nem medida, senão porque eles não têm esperança de uma ressurreição?

   Portanto, convém que nós, que fomos instruídos quanto a uma ressurreição, lamentemos de modo diferente, com moderação. Em seguida ele discursa quanto à maneira da ressurreição; e por esta causa também diz algo quanto aos tempos; mas, nesta passagem, ele pretendia simplesmente refrear a tristeza excessiva, a qual nunca teria tido tanta influência entre eles, se tivessem considerado seriamente a ressurreição, e a conservado na recordação.

   Contudo, ele não nos proíbe de nos lamentarmos absolutamente, mas exige moderação em nosso pranto, pois diz: para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Ele os proíbe de se entristecerem como os incrédulos, que dão rédeas soltas à sua tristeza, porque contemplam a morte como destruição final, e imaginam que tudo o que é tirado do mundo se acaba.

   Como, por outro lado, os fiéis sabem que deixam o mundo para que possam ser por fim reunidos no reino de Deus, eles não têm a mesma causa de tristeza. Por isso, o conhecimento da ressurreição é o meio de moderar a tristeza. Ele fala acerca dos mortos como os que dormem, segundo a prática comum da Escritura – um termo pelo qual a amargura da morte é mitigada, pois há grande diferença entre sono e destruição.

   Porém, isto se refere, não à alma, mas ao corpo, pois o corpo morto jaz na tumba, como em uma cama, até que Deus ressuscite o homem. Portanto, fazem papel de tolos aqueles que inferem a partir disto que as almas dormem.

   Agora estamos em posse do sentido de Paulo – que ele estimula as mentes dos fiéis à consideração da ressurreição, para que não indultem excessiva tristeza por ocasião da morte de seus parentes; pois era inconveniente que não houvesse distinção entre eles e os incrédulos, que não põem fim nem medida à sua tristeza por esta razão – que na morte eles não reconhecem nada além de destruição.

   Aqueles que abusam deste testemunho, estabelecendo entre os cristãos uma indiferença estóica*, ou seja, uma dureza de ferro, não encontrarão nada desta natureza nas palavras de Paulo. Quanto à objeção deles, de que não devemos indultar a tristeza por ocasião da morte de nossos parentes, para que não resistamos a Deus, isto se aplicaria em todas as adversidades; mas uma coisa é refrear a nossa tristeza, sujeitando-a a Deus, e outra completamente diferente é endurecer-se, tornando-se como uma pedra, lançando fora os sentimentos humanos. Portanto, que a tristeza dos que são piedosos seja misturada com a consolação, a qual pode educá-los para a paciência. A esperança de uma bendita ressurreição, que é a mãe da paciência, realizará isto.

   Porque, se cremos. Ele assume este axioma da nossa fé, que Cristo foi ressuscitado dentre os mortos para que sejamos participantes da mesma ressurreição; a partir disto, infere que viveremos com ele eternamente. Contudo, esta doutrina, conforme foi declarado em 1 Co 15:13, depende de outro princípio – que não foi para si mesmo, e sim para nós que Cristo morreu e ressuscitou.

   Por isso, aqueles que têm dúvidas quanto à ressurreição cometem grande injúria a Cristo; mais ainda, de certo modo eles o fazem descer do céu, conforme é dito em Rm 10:6.

   Dormir em Cristo é reter na morte a conexão que temos com Cristo, pois aqueles que pela fé são enxertados em Cristo têm a morte em comum com ele, para que com ele possam ser participantes da vida. Questiona-se, porém, se os incrédulos não ressuscitarão, pois Paulo não afirma que haverá uma ressurreição, exceto no caso dos membros de Cristo. Respondo que Paulo não trata aqui de nada além do que convinha ao seu presente propósito. Pois ele não pretendia aterrorizar os ímpios, e sim corrigir a tristeza imoderada dos piedosos, e curá-la, tal como o faz, pelo remédio da consolação.

1 TESSALONICENSES 4:15-18

   "Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras".

   Dizemo-vos isto pela palavra do Senhor. Ele agora explica brevemente a maneira como os fiéis serão ressuscitados da morte. Ora, como fala de algo que é mui formidável, e é inacreditável à mente humana, e também promete o que está acima do poder e da escolha dos homens, ele menciona de antemão que não apresenta algo que seja de si mesmo, ou que proceda de homens, mas cujo Autor é o Senhor. Contudo, é provável que a palavra do Senhor signifique o que fora tomado dos seus discursos. Pois, embora Paulo tivesse aprendido por revelação todos os segredos do reino celestial, não obstante, era mais apropriado para estabelecer nas mentes dos fiéis a crença de uma ressurreição quando ele relatasse as coisas que haviam sido proferidas pela boca do próprio Cristo. “Nós não somos as primeiras testemunhas da ressurreição, mas antes o próprio Mestre a declarou”.

   Os que ficarmos vivos. Isto foi dito por ele com o seguinte objetivo – que eles não pensassem que somente seriam participantes da ressurreição aqueles que estivessem vivos no tempo da vinda de Cristo, e que não teriam parte nele aqueles que haviam sido recolhidos antes pela morte. “A ordem da ressurreição”, diz ele, “começará com eles; concordemente, não subiremos sem eles”.

   Através disto se mostra que a crença de uma ressurreição final era, nas mentes de alguns, superficial e obscura, e envolvida em diversos erros, porquanto imaginavam que os mortos estariam privados dela; pois pensavam que a vida eterna pertencia apenas àqueles que Cristo, em sua vinda final, encontrasse ainda vivos na terra. Paulo, tendo em vista remediar esses erros, atribui o primeiro lugar aos mortos, e depois ensina que se seguirão os que naquele tempo estejam permanecentes nesta vida.

   Quanto, porém, à circunstância de que, falando na primeira pessoa, faz-se como que um do número daqueles que estarão vivos no último dia, ele pretende com isto despertar os tessalonicenses para que a esperassem; mais ainda, manter todos os fiéis em suspense, para que não se comprometessem com algum tempo em particular; pois, admitindo que fosse por uma revelação especial que sabia que Cristo viria em um tempo relativamente posterior, contudo era necessário que esta doutrina fosse entregue em comum à Igreja, para que os fiéis estivessem preparados em todos os tempos. Ao mesmo tempo, era necessário cortar assim todo o pretexto de curiosidade de muitos – conforme veremos depois ele fazendo isto em maiores detalhes. Quando, porém, diz nós, os que ficarmos vivos, ele faz uso do tempo presente ao invés do futuro, em harmonia com o idiomatismo hebraico.

   Porque o mesmo Senhor. Ele emprega o termo keleusmatos (alarido), e depois acrescenta: a voz do arcanjo, a propósito de explicação, sugerindo qual deva ser a natureza desse alarido despertador – que o arcanjo desempenhará o ofício de um arauto, convocando os vivos e os mortos para o tribunal de Cristo. Pois, embora isto será comum a todos os anjos, como é de costume entre diferentes escalões, ele designa um no primeiro lugar que assume o comando dos outros. Quanto à trombeta, porém, deixo para outros disputarem com maior sutileza, pois não tenho nada a dizer em acréscimo ao que observei brevemente na Primeira Epístola aos Coríntios.

   O Apóstolo sem sombra de dúvida não tinha nada mais em vista aqui do que dar um gosto da magnificência e venerável aparição do Juíz, até que a contemplemos plenamente. Com este gosto, convém-nos ficar, enquanto isso, satisfeitos.

   Os que morreram em Cristo. Ele afirma novamente que os que morreram em Cristo, ou seja, que estão incluídos no corpo de Cristo, ressuscitarão primeiro, para que saibamos que a esperança da vida está depositada no céu para eles não menos do que para os vivos. Ele nada diz quanto aos réprobos, porque isto não serviria à consolação dos piedosos, da qual agora está tratando.

   Ele afirma que aqueles que estiverem vivos serão juntamente arrebatados com eles. Quanto a estes, não faz menção da morte; por isso, parece que ele pretendia dizer que seriam isentos da morte. Aqui Agostinho se dá a muitas angústias, tanto no livro vinte sobre a Cidade de Deus, como na sua Resposta a Dulcitius, porque Paulo parece se contradizer, quando diz em outra parte que a semente não pode nascer se primeiro não morrer (1 Co 15:36).

   Contudo, a solução é fácil, porquanto uma súbita mudança será como a morte. É verdade que a morte ordinária é a separação da alma do corpo; mas isto não impede que o Senhor destrua em um momento esta natureza corruptível, criando-a de novo pelo seu poder, pois assim se cumpre o que o próprio Paulo ensina que deve acontecer – que a mortalidade será tragada pela vida (2 Co 5:4). O que é declarado em nossa Confissão, que “Cristo será o Juíz dos vivos e dos mortos”, Agostinho admite ser verdadeiro sem uma figura.

   Ele está perdido somente quanto a isto – como aqueles que não morreram ressuscitarão. Mas, conforme eu disse, é uma espécie de morte, quando esta carne é reduzida a nada, assim como agora está sujeita a corrupção. A única diferença é que aqueles que dormem se despem da substância do corpo por um período de tempo, mas aqueles que serão subitamente transformados não se despirão de nada além da qualidade.

   E assim estaremos sempre. Àqueles que uma vez foram unidos a Cristo ele promete a vida eterna com ele, por cujas declarações os devaneios de Orígenes e dos quiliastas são abundantemente refutados. Pois a vida dos fiéis, quando uma vez foram reunidos em um reino, não terá mais fim do que a de Cristo. Ora, atribuir a Cristo mil anos, de modo que depois ele cessaria de reinar, seria terrível demais para se mencionar. Contudo, caem neste absurdo aqueles que limitam a vida dos fiéis a mil anos, pois eles devem viver com Cristo enquanto o próprio Cristo existir.

   Devemos observar também o que ele diz: estaremos, pois significa que somente nutrimos proveitosamente uma esperança de vida eterna quando esperamos que ela tenha sido expressamente designada para nós.

   Consolai. Agora ele explica mais abertamente o que eu disse antes – que na fé da ressurreição temos bom fundamento para consolação, desde que sejamos membros de Cristo, e estejamos verdadeiramente unidos a ele como a nossa Cabeça. Ao mesmo tempo, o Apóstolo não queria que cada um encontrasse
para si alívio da tristeza, mas também o administrasse a outros.

 

 

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Nota:

* Para introduzir e estabelecer entre os cristãos aquele modo estranho de agir, que os estóicos exigiam por parte de um indivíduo – que não se movesse por tristeza alguma, mas fosse como que de ferro, e estúpido, sendo vazio de sentimentos.”

 

Fonte: www.monergismo.com
Data: 14/09/2012

 

 

 

Comentários de Calvino sobre a Ressurreição e o Arrebatamento
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Por João Calvino