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Poucas doutrinas bíblicas recebem mais atenção entre os evangélicos hoje em dia do que a da Segunda Vinda de Cristo. E já que Sua vinda é uma doutrina fundamental da fé cristã, realmente, merece nossa atenção.
Infelizmente, a Segunda Vinda é mais amada e acreditada que biblicamente entendida. Tendemos a ter um “zelo sem conhecimento” ao abordar essa doutrina. Isso é trágico porque uma compreensão correta é vitalmente importante para enquadrarmos a cosmovisão cristã. Afinal, ela exalta a glória consumada de Sua vitória redentiva, cumpre a plano soberano de Deus para nossa história e balanceia uma teologia apropriada a respeito da bíblia.
O foco profético errado
Antes de falar sobre o porque da Segunda Vinda ser tão importante para essas questões de cosmovisão, devemos estar alertas para dois erros contemporâneos que deixam essa doutrina fora de foco: dispensacionalismo e hiper-preterismo. A grande maioria dos evangélicos de hoje são dispensacionalistas que tem o que Jay E. Adams chamou de “diplopia profética” (diplopia é um problema de visão que causa visão dupla). Uma visão mais nova da Segunda Vinda é chamada de “hiper-preterismo”, que envolve uma “miopia profética” (dificuldade de enxergar coisas próximas). Deixe-me explicar esses problemas de presbiopia (ou perda de capacidade de foco).
Diplopia profética. A bíblia só fala de duas vindas de Cristo: sua primeira vinda, na encarnação, se humilhando, e sua Segunda Vinda de consumação, sendo exaltado. De acordo com a bíblia, Sua Segunda Vinda é apenas isso, a segunda vinda: “aparecerá segunda vez” (Hebreus 9:28). Os anjos certamente não mencionam mais duas vindas no futuro (Atos 1:11). A bíblia nunca fala de uma “terceira vinda”.
Entretanto, os dispensacionalistas acreditam que Ele virá de novo e mais uma vez. Essa visão é diplópica no sentido em que eles afirmam que Ele retornará sete anos antes de seu advento final, para secretamente ressuscitar os cristãos mortos e arrebatar os vivos. Estranhamente, essa teoria do “arrebatamento secreto” é baseada no versículo mais barulhento da bíblia inteira: “Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá do céu, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro”. (1ª Tessalonicenses 4:16). Como um evento tão dramático pode ser “secreto”? Além disso, os anjos falam de apenas uma vinda futura, que será um evento visível: “Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado ao céu, voltará da mesma forma como o viram subir". (Atos 1:11).
O arrebatamento secreto é uma visão diplópica ao separar por 1007 anos a ressurreição dos crentes da dos incrédulos (contrário ao que é dito em João 5:28-29 e Atos 24:15) e ao remover a ressurreição do “fim da história” (ao contrário de João 6:39, 44; 11:24; 1ª Coríntios 15:21 a 25). Essa diplopia atrapalha nossa visão bíblica.
Miopia profética. Um problema mais recente que afeta nossa visão escatológica vem com a dificuldade em ver coisas próximas. Os hiper-preteristas ensinam que a Segunda Vinda de Cristo deveria ocorrer pouco tempo depois de sua ascensão (ao contrário do que é dito em Mateus 25:5, 14, 19; Atos 1:7; 2ª Pedro 2:4, 8-9). Eles também acreditam (juntamente com os dispensacionalistas) que Ele virá secretamente. Mas no caso deles, ensinam que Ele já retornou a segunda vez no primeiro século.
Refocalizando o profético
A gloriosa Segunda Vinda impacta nossa cosmovisão de várias formas, três das quais já mencionei acima e agora vou explicar.
Primeiro, a Segunda Vinda exalta a vitória de Cristo na redenção. Quando Cristo veio na encarnação, foi para sofrer humilhação, morrendo pelos pecados de Seu povo: “E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!” (Filipenses 2:8, compare com Mateus 1:21; Lucas 19:10). Mas a bíblia não O deixa na cruz ou na tumba; ela ensina sua consequente glorificação, em quatro passos: ressurreição, ascensão, sessão e retorno.
O retorno de Cristo em glória é necessário para completar Sua vitória redentiva, porque nessa hora ele retornará como um Rei redentor e conquistador: “Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai". (Filipenses 2:9-11). Mas como Hebreus nota: “Ao lhe sujeitar todas as coisas, nada deixou que não lhe estivesse sujeito" (Hebreus 2:8b). Então, a Segunda Vinda de Cristo é necessária para demonstrar conclusivamente Sua vitória redentiva para que todos vejam.
Em segunda lugar, a Segunda Vinda completa o plano de Deus para a história. Apesar de Cristo ter assegurado legalmente a derrota do pecado, da morte e do diabo no primeiro século, todos esses males continuam existindo (Romanos 7:18-25; 1ª Pedro 5:8-9). Eles foram banidos legalmente (Colossenses 1:13-14; 2:13-15). E estão sendo banidos historicamente pelo contínuo progresso do evangelho (Atos 26:18; 1ª Coríntios 15:20-23). E serão banidos eternamente na Segunda Vinda de Cristo (Romanos 8:18-25; Apocalipse 20:10-15).
Em terceiro lugar, a Segunda Vinda balanceia nossa teologia de Deus na bíblia. Essa gloriosa doutrina não apenas finaliza a vitória redentiva (dando glórias eternas ao seu amor redentor) e completa o plano de Deus (demonstrando sua sabedoria na criação). Mas também nos dá um sistema que engloba verdades bíblicas majestosas.
Se não fosse pela Segunda Vinda:
Teríamos uma criação (Gênesis 1:1; Hebreus 11:3) não consumada (Atos 3:20-21; Apocalipse 20:11), que resultaria em um universo sem um final definido (1ª Coríntios 15:23-24; 2ª Pedro 3:3-4).
Teríamos um mundo eternamente em angústia (Romanos 8:22; 2ª Coríntios 5:1-4), nunca alcançando a gloriosa perfeição (Romanos 8:21; 2ª Pedro 3:12-13).
Teríamos um Salvador que sorrateiramente iria embora (Lucas 24:50-52; 1ª Coríntios 15:5-8), sem nenhuma demonstração de sua vitória (Romanos 14:11; Fil. 2:10-11).
Teríamos uma redenção espiritualmente focada (Romanos 8:10; Efésios 1:3), sem uma dimensão física (Romanos 8:11; 1ª Tessalonicenses 4:13-18).
Teríamos um redentor com um corpo (Atos 1:8-11; Colossenses 2:9), sem família com corpos físicos (1ª Coríntios 15:20-28); Filipenses 3:20-21).
O evangelho seria para sempre necessário (Mateus 28:19; Atos 1:8), sem nenhuma consumação final (Mateus 28:20; 1ª Coríntios 15:24).
Realmente, a Segunda Vinda é a “esperança abençoada” na qual devemos cuidadosamente focar.
Fonte: www.ligonier.org/learn/articles/coming-king/
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Nota do Editor:
A Bíblia ensina que existem pelo menos seis "tipos" de "vindas" de Cristo. Em relação a "vinda" do tipo corporal, concordo com Kenneth Gentry quando diz que a" bíblia só fala de duas vindas de Cristo: sua primeira vinda, na encarnação, se humilhando, e sua Segunda Vinda de consumação, sendo exaltado". Para mais esclarecimentos, leia meu artigo intitulado "Conhece os diversos tipos de "vindas" de Cristo" clique aqui.
A Vinda do Rei
Por
Kenneth Gentry
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Tradução por Thiago R B M