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Contato
...A
Bíblia apresenta
um só Deus manifestando-se em três
pessoas. Quando Jesus prescreveu aos seus discípulos a ordem para
batizar, ele disse: em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
...A
expressão em nome do, no singular, chama a atenção
para a coesão da divindade. O Pai, o Filho e o Espírito Santo
são uma unidade divina, numa comunidade de pessoas. Um Deus comunitário! “O
Pai não é de ninguém – não é nem
gerado, nem procedente. O Filho é eternamente gerado do Pai”.
...Ele
não foi gerado pelo Pai num instante, como se tivesse raiz no
tempo e no espaço. O Filho é tão eterno com o Pai
e o Espírito. A eternidade dispensa relógio, sendo o presente
continuo sem começo nem conclusão. O Filho não foi
gerado pelo Pai, mas é eternamente gerado do Pai. Ele não
teve princípio e não terá fim. O Filho é o
Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, mas ele mesmo é antes
e depois, acima e abaixo, além e aquém de qualquer princípio
ou determinada consumação.
...Como
dizia Agostinho, “Deus é um círculo cujo centro
está em toda parte e a circunferência em parte alguma”.
O centro está na criação do princípio ao fim,
mas a circunferência é a eternidade infinita.
...O
Filho, como Deus infinito e eterno, transcende o tempo e ultrapassa o
espaço, embora, ao se encarnar na história, fez da ocasião
uma temporada permanente para a humanidade que nele cresse e do ambiente,
um lugar interminável de contentamento celestial.
...O
Filho, numa época se localiza na temporalidade vestindo a carne
humana. Ele sai da transcendência e entra na imanência; esvazia-se
da sua glória tornando-se um com a criatura; assume a oposição
deste ente presunçoso de autonomia e, na cruz julga, de uma vez
por todas, a obstinada teomania do gênero cabeçudo, transferindo
da sepultura escancarada a vida eterna para o mortal que se prostra como
mendigo, a fim de receber, humildemente, a esmola da graça.
...No
Antigo Pacto há leves sinais da Trindade, mas as suas pegadas
encontram-se ocultadas nos detalhes. Quando, porém, o Absoluto se
relativiza, a encarnação do Verbo abre as cortinas da revelação,
para que se possa ver a grandeza incomparável do amor divino.
...O
Filho gerado eternamente do Pai é a concessão consentida
de três vontades em um só propósito. Para salvar uma
criação revoltada por não ser Deus também,
então o Filho aceita ser o bode expiatório desta insurreição,
o Pai entrega o Filho para o matadouro, enquanto o Espírito apóia,
sustenta e desvenda a doação e a entrega com o propósito
de uma tão grande redenção. Aleluia.
...O velho mendigo do vale estreito,
* Glenio Paranaguá é pastor na 1ª Igreja Batista de Londrina
Site: www.http://www.jornalderolandia.com.br
Data: 26/06/2014
O Filho da Trindade
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Por Glenio Fonseca Paranaguá*