Editorial 018

Este é o último Editorial de 2018. Este foi um ano muito decisivo para o futuro político do Brasil, ao mesmo tempo que foi um ano de muita especulação profética. Para muitos especuladores proféticos, as chamadas "luas de sangue", que nada mais é que um fenômeno da natureza, que ocorreu em 2014 e 2015, apontavam para algo maior que estava porvir em relação ao futuro da nação de Israel.

Se não bastasse isso, a nação de Israel completou setenta anos neste ano de 2018, e combinado as "luas de sangue", ajudou a colocar mais lenha ainda na "fogueira" profética, pois muitos ao analisarem todos esses eventos, indicaram que Israel voltou a brotar e renovar suas folhas quando voltou a ser uma nação novamente em 14 de maio de 1948 (conforme Mateus 24:32). Então, a "geração" que visse a figueira ou Israel brotar, não passaria, pois seria a figueira um símbolo da nação de Israel.

Como não poderia ser diferente, diante de tantas interpretações bíblicas distorcidas, mais uma vez tivemos um ano de expectativas proféticas frustradas. Nada aconteceu até agora e nem acontecerá! Lamentavelmente, os pastores e os evangélicos em geral perderam a visão celestial, por se apegarem com unhas e dentes a uma escatologia pessimista e, em muitos casos, idolatrando-a. Por isto, não tenho mais dúvidas de que as três grandes esperanças que tomam conta do imaginário dos evangélicos de hoje, são: o Anticristo, a Grande Tribulação e o Arrebatamento.

Mesmo diante de especulações proféticas e o desejo de ver as "profecias" cumpridas, os mesmos evangélicos viveram seu momento de contradição profética, pois eles, junto aos pastores e líderes, fizeram esforços surpreendentes para ajudar na campanha presidencial de Jair Bolsonaro.

Ora, todos esses esforços não foram porque os evangélicos têm alguma esperança de um futuro bom, mas foi por causa do medo da ameaça socialista-comunista que há muito tempo tem rodeado nosso país e, caso o Haddad ganhasse as eleições deste ano, para muitos teríamos mais e mais perseguições contra a fé cristã.

Ao elegeram Bolsonaro para garantir um futuro melhor para a nação brasileira, os evangélicos viveram uma contradição dentro de sua própria escatologia - a mesma que diz que as coisas obrigatoriamente têm que piorar para que Jesus possa voltar. A escatologia pessimista ensinada nas denominações evangélicas é incompatível com qualquer forma de mudança para melhor!

Enfim, espero que em 2019, pelo convencimento poderoso do Espírito Santo de Deus, os evangélicos venham mudar suas mentes para que de uma vez por todas deixem o pessimismo escatológico.

Feliz 2019 a todos os meus leitores!