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"Qual será o Futuro da Humanidade?"
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Por que a Maioria dos Evangélicos não querem o Evangelho?

Por Alexandre Chaves *
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...“Por que virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas”.
............................................................................. 2 Timóteo 4:3-4.

...O ser humano é incapaz de, com certeza, saber o que comerá no jantar, ou se comerá. No entanto, estuda, se esforça e investe tempo e recursos para prever o futuro com o intuito de controlá-lo. Faz estimativas e projeções dos mercados; se esmera fazendo checklists intermináveis, se angustia com a incerteza dos resultados, passa noites em claro sem perceber o tamanho da prepotência em que está mergulhado; como se fosse possível para um simples ser humano ter todo este controle. A menos que se perceba como uma espécie de Atlas, personagem mitológico entre os gregos, condenado por Zeus a sustentar o mundo nas costas.

...Precisamos, no mínimo, ter a consciência do que está por trás deste obstinado comportamento. O que significa agir assim? Significa, a princípio, no mínimo, desprezo ou rebeldia às palavras de Jesus que disse: “Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? Porque todas estas coisas os gentios procuram. Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal”. Mateus 6:31 ao 34.

...Por que Jesus nos diz tais palavras? Será que Sua proposta é uma vida relapsa e irresponsável? Creio que não, pois nos ensina a andar com sabedoria e cuidado diante do único dia que temos como um presente de Deus, ou seja, o hoje. Antes, o que Jesus está nos ensinando é viver a condição humana em sua plenitude e verdade, algo que Ele descreve muito bem quando diz: “Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma”. (Jo5;19).

...No texto acima, Jesus expõe sua impotência para que a consciência desta mesma impotência seja gerada em nós. Além do mais, para que serve a inquietude da nossa alma, se não para nosso próprio mal? Como diz a bíblia: “Quem de vocês, por mais que se preocupe, pode acrescentar uma hora que seja à sua vida”? Lucas 12:25. Sabemos muito bem disto. É consenso que nossas preocupações só nos atrapalham. Porém, é consenso também que o ser humano tem uma tendência à preocupação e ansiedade. Qual o porquê disto? Antes de pensarmos na razão, precisamos entender o que significa este modo inquieto de levar a vida.

...O significado da inquietude de nossas almas tem como base o desconfiar do caráter de Deus e o compactuar com a opinião de satanás que nos incita a fazer parte da rebelião daqueles que se acham os verdadeiros dignos do trono, do comando e da glória. Precisamos entender que quando satanás pergunta a Eva: “É assim que Deus disse”? (Gn3:1), quer na verdade semear um pensamento que coloque Deus em suspeita, para em seguida pôr no coração humano a proposta de uma rebelião, em que o controle estaria em nossas mãos.

...Quando em virtude da resposta da mulher, satanás se manifesta dizendo: “Certamente não morrerão”. (Gn3:4), ele faz isto em contraposição à palavra de Deus que havia dito, “Certamente morrerás”. (Gn2:17). Com isto satanás sugeriu que Deus é mau e mentiroso e promove a desconfiança no caráter de Deus. Age desta forma para ter um alicerce onde possa edificar o inferno, dimensão onde o homem pensa que é Deus, “como Deus sereis” (Gn3:5), mas que na verdade, quem governa é o diabo.

...Este foi o âmago da queda, a incredulidade na palavra de Deus aliada à tese de que o ser humano poderia ser como Deus. Porém, a manutenção desta situação se dá por meio de outras ferramentas, a saber, a fobia e as trevas. O príncipe deste século consegue êxito em manter pessoas aprisionadas, do mesmo modo como os donos de engenhos no passado, costumavam fazer com seus escravos, usando a ferramenta do medo para isto (Hb2:14-15).

...Satanás faz isto gerando inimizade entre os homens e Deus, pois onde a comunhão com o Deus que é amor, se quebra, o medo se instala. Outra ferramenta bastante utilizada por ele é a mentira, a ilusão como forma de aprisionar as pessoas, enquanto que Deus, se vale da verdade para libertá-las. “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. João 8:32. Porém, quem quer saber a verdade para ser liberto?

...Depois da queda, o velho homem virou amante da mentira, das tangas e dos disfarces. Rejeita a verdade, pois, a verdade, passa necessariamente pela cruz, e a cruz significa o seu fim. A partir disto que chamamos de queda, o velho homem passa a ver em Deus um inimigo, do qual busca se proteger em esconderijos (Gn3:10) os mais diversos possíveis. Pode ser na esbórnia ou na vida de cidadão bem-comportado, no terreiro de macumba ou até dentro das assim chamadas igrejas. Neste caso específico, tentam aplacar a ira desta pseudodivindade com bajulações de mentira cantadas aos quatro ventos, sacrifícios monetários entendidos assim, visto não serem frutos do amor e da alegria, mas do medo e do interesse.

...Reunir-se com a igreja nestes termos, é manifestar uma enorme cegueira espiritual, ao ponto de não mais conseguir fazer distinção entre Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo e o Diabo. Quando entoamos cânticos ao Senhor e oramos ou ministramos com nossas almas repletas de medo, interesses e tangas, onde nossas ações são frutos de uma consciência coagida de escravos, a qual deuzinho estamos cultuando? Faço esta pergunta tendo em vista que esta atmosfera cúltica é incompatível com Jesus Cristo, pois onde a consciência do Amor se instala o medo é expulso (1Jo4:18), e onde o Espírito do Senhor se faz presente a liberdade é lei . (2Cor3:17). Para mim, rejeitar isto é rejeitar a verdade.

...Este amor à mentira é tão absurdo, que nem as consequências imanentes, que apontam para as fraquezas humanas, têm sido capazes de quebrantar o coração humano. Vivemos desta maneira teomânica como se fosse possível ao ser humano ter todo este controle em suas mãos; ainda que em um segundo momento a verdade a seu respeito fique exposta, lotando os consultórios que tratam dos angustiados, cardíacos, depressivos e afins.

...Não quero listar estas doenças como estigma, pois é sabido que existem vários outros fatores que as causam. O que estou apontando é que mesmo em face da fragilidade humana exposta por elas, muitos ainda permanecem endurecidos e não aceitam sua realidade nua e crua de reles mortais, verdade esta que tentam desesperadamente negar, escondendo seus defeitos e propagandeando de forma marqueteira aquilo que entendem ser suas qualidades. Mas o que dizem as escrituras? “Porque, se alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo”.Gálatas 6:3.

...Para viver desta forma, o ser humano precisa fazer da mentira seu habitat natural, o engano passa ser o que chamamos de verdade. Fecha os olhos para o óbvio, para o fato mais evidente a seu respeito. Busca ignorar a conclusão mais lógica sobre si, o fato de que mesmo querendo ser Deus, simplesmente não é. Pelo contrário, é finito, frágil, inconstante e mortal. É pó, é humus, é humano. “Pois Ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó”. Salmo 103:14.

...Esta realidade de que somos apenas humanos é facilmente aceitável do ponto de vista dos discursos; aceitamos nossa fragilidade de modo superficial, porém isto logo é negado por nosso jeito de viver, e por nossa notável fé em nós mesmos. Se não fosse assim, como poderíamos explicar a loucura de depositar toda a nossa confiança em um ser tão frágil, inconstante e que está o tempo todo ameaçado pela morte, se não pelo fato de que abraçamos a estupidez de nos vermos como deuses?

...Isto só se torna possível pela obstinação do velho homem em não enxergar a verdade. Por esta razão, este homem, sem perceber, passa a viver na dimensão daquilo que talvez seu mundo secular, pragmático e empírico mais critica, ou seja, um viver sem concreções e sem lógicas, aquilo que gosto de chamar de fé às avessas.

...Gosto de nominar esta pseudofé desta forma para tentar ser menos grosseiro, pois no fundo jamais poderíamos associar isto à fé, mas sim à burrice. Vivendo pela estupidez da fé às avessas, ou seja, a fé no homem, este sistema organizacional do mundo mergulha em uma armadilha paradoxal, que nega as suas próprias bases de rebeldia contra Deus.

...Pois quem em sã consciência confiaria de modo lógico, seu futuro, sua vida, o bem do planeta, ou o que quer que seja, a um ser tão fraco e ao mesmo tempo tão prepotente, algo que aumentaria ainda mais os riscos, como é no caso do ser humano? Mas é o que fazemos, dando crédito à mentira. A loucura é tanta que muitos confiam a própria salvação às capacidades humanas, ao passo em que desconfiam das capacidades do amor de Deus. Do Deus que disse: “Esta consumado”.

...Na verdade, o mundo não vive pela lógica ou pela razão como advogam seus sábios de araque, são burros na verdade. Por isto, o mundo vive pela fé burra e pelo devaneio do homem de querer ser quem não é - de querer ser Deus. O estilo de vida de nossa sociedade nos infla em direção à autodivinização, que até aceita a ideia de um deus, desde que Deus seja eu. Por esta razão o Evangelho é odiado. Apenas o “outro” evangelho é aceito. Um evangelho sem cruz, sem a morte do velho homem. Um evangelho do deus diabo, do deus do medo, do deus que escraviza, do deus patrão, do deus mentira, do deus da religião.

...Mas a palavra de Deus nos exorta a buscarmos em Deus por sua Graça a firmeza dos mancos, dos fracos, dos que não são. Para que Deus seja nosso tudo, jamais confiando em nós mesmos e sempre com o espírito cauteloso daqueles que mesmo pensando estar em pé, tomam cuidado para não cair. Orando sempre no espírito, para que o Senhor nos firme na proclamação do evangelho louco do Cristo crucificado. “Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino. Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério”. 2 Timóteo 4:1-5.

 

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Alexandre Chaves é marido de Lili e pai do Lucas e do Mateus. ...Nascido em Londrina, é pastor da Primeira Igreja Batista em ...Londrina e formado em Teologia pela Faculdade Sul Americana.
...Site: www.palavradacruz.com.br



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